Atrizes de Hollywood são indiciadas em esquema de compra de vagas em universidades
Esquema de alcance nacional, Felicity Huffman e Lori Loughlin foram acusadas com mais 48 pessoas
Atrizes de Hollywood são indiciadas em esquema de compra de vagas em universidades Felicity Huffman e Lori Loughlin, que devem se entregar à polícia, e são apontadas pelo FBI como parte de grupo que pagou até R$ 22 milhões por entrada em instituições com Yale e Stanford [caption id="attachment_152472" align="alignleft" width="300"] Atrizes Felicity Huffman e Lori Loughlin (Foto: Backgrid)[/caption] Felicity Huffman e Lori Loughlin foram acusadas junto com outras 48 pessoas de participar em um esquema massivo de suborno envolvendo algumas das universidades mais exclusivas dos EUA. Segundo os sites TMZ e The Hollywood Reporter, as atrizes e outros indiciados teriam pagado propinas de até US$ 6 milhões (R$ 22 milhões) para que seus filhos entrassem em instituições renomadas como Yale, Stanford, Georgetown e a USC (University of Southern California). Felicity e Lori estariam se entregando à policia sem resistência, segundo o FBI. O esquema de alcance nacional, investigado pela Justiça de Boston e o FBI, foi descoberto depois que autoridades levantaram que um empresário da Califórnia, chamado William Rick Singer, criou uma organização de fachada para lavar o dinheiro que os pais pagavam por seus serviços - a maior parte deles pagou entre US$ 200 mil (R$ 761 mil) e US$ 400 mil (R$ 1,5 milhão) pela ajuda dele. Singer pagava então a avaliadores nas escolas, responsáveis por determinar admissões à instituição desejada - como um técnico de esportes, ou um avaliador do SAT, o exame que determina a nota de um aluno ao terminar o ensino médio americano, ou do ACT, teste de entrada à universidade usado pela maioria das instituições nos Estados Unidos. Em outros casos, pais pagavam outras pessoas para fazerem o SAT ou o ACT. Segundo o site The Hollywood Reporter, CEOs de várias empresas, técnicos universitário e pelo menos um administrador de uma universidade envolvida no escândalo foram indiciados no caso, que envolveu 200 agentes do FBI. Pedidos de prisão foram expedidos, e o caso foi baseado em entrevistas com testemunhas, transações bancárias, e-mails, dados de celulares e grampos. Famosa pelo seriado Full House, com as gêmeas Olsen, Lori e o marido, o designer e empresário Mossimo Giannulli, teriam pagado US$ 500 mil (R$ 1,9 milhão) para que as duas filhas, Isabella e Olivia, fossem recrutadas para o time de remo da USC, apesar de não participarem da equipe. Já Felicity, conhecida por Desperate Housewives, teria junto com o marido, o premiado ator William H. Macy, feito uma contribuição de US$ 15 mil apenas para entrar no esquema em nome da filha mais velha, Sophia, de 18 anos - eles têm ainda outra adolescente, Georgia. Além disso, segundo o TRH, uma testemunha no processo encotnrou com a atriz em sua casa, explicando que Sophia poderia fazer o SAT em um centro controlado, onde um insperto supervisionaria o exame e corrigiria as respostas da adolescente. Felicity teria trocado e-mails com o inspertor, e Sophia, que fez o teste em dezembro de 2017, teria melhorado sua pontuação no exame em 400 pontos em relação a um exame anterior. A atriz teria ainda discutido fazer o mesmo com caçula, mas não levou o processo adiante, segundo o FBI. De acordo com o TMZ, o processo diz que a maioria dos estudantes envolvidos na frande confessou às instituições que não tinha ideia de que os pais tinham comprado suas vagas.
Comentários