MPF denuncia 4 por irregularidade em obra no CE e prejuízo de R$ 5 milhões
Segundo MPF, empresa alterou projeto de obra de ponte em Aracati CE.
[caption id="attachment_126125" align="alignright" width="300"] Participaram da operação cerca de 200 policiais federais e 32 servidores da CGU. Imagem reprodução/google[/caption]
Controladoria Geral da União aponta prejuízo de R$ 5 milhões.
Do G1 CE
O Ministério Público Federal no Ceará (MPF) denunciou à Justiça quatro pessoas envolvidas em irregularidades na reforma da Ponte sobre o Rio Jaguaribe, em Aracati, no litoral do Ceará. A denúncia é resultado da Operação Mão Dupla, de 2010, que detectou mudanças no projeto de obras na cidade de Aracati, sem autorização Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Estado do Ceará (DNIT).
Segundo o procurador regional da República Francisco Macedo Filho, autor da denúncia, foi verificado que as alterações do projeto foram atestadas pelos fiscais e que a empresa responsável recebeu pagamentos por elas. Também foi constatado superfaturamento em alguns dos serviços da reforma e que as alterações no projeto causaram prejuízos para a continuação da obra.
Em 2010, a Operação Mão Dupla cumpriu 52 mandados de busca e apreensão, 26 mandados de prisão temporária, um mandado de prisão preventiva, o afastamento cautelar de oito servidores públicos e o sequestro de bens imóveis em Fortaleza e no interior do Ceará. Participaram da operação cerca de 200 policiais federais e 32 servidores da CGU.
Segundo a Polícia Federal, as investigações constataram a existência de um esquema criminoso voltado à prática de fraudes em procedimentos licitatórios, superfaturamento, desvio de verbas públicas e pagamentos indevidos em obras de infraestrutura rodoviária realizadas pelo Dnit do Ceará.
A fiscalização da CGU já detectou um prejuízo de R$ 5 milhões aos cofres da União, fora o risco social decorrente da execução de obras de infraestrutura rodoviária sem as devidas especificações técnicas.
Além do Ceará, foram realizadas buscas nos estados de Pernambuco, Bahia, Paraíba, Pará e Amazonas. No Ceará, foram denunciados um servidor público e três engenheiros.
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