SP: Incêndio deixa três mortos e 860 desabrigados na favela de Heliópolis

Prefeito esteve no local por uma hora na tarde deste domingo.

Desabrigados foram cadastrados e receberão auxílio-aluguel

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), fez uma visita de cerca de um hora na tarde deste domingo (7) a vítimas do incêndio que deixou três mortos e 860 desabrigados na favela de Heliópolis, na Zona Sul de São Paulo.


O incêndio começou de madrugada. Os moradores foram alertados por gritos de vizinhos.

O major Valdir Pavão,  do Corpo de Bombeiros,  afirmou que até o início da tarde foram localizados três mortos, entre os quais duas mulheres e uma criança, além de 22 feridos, dos quais, três em estado grave. 

Os feridos foram encaminhados para o Pronto Socorro de Heliópolis e para a Santa Casa. Os bombeiros receberam queixas de dezenas de desaparecidos, mas querem confrontar os dados com os atendimentos em hospitais. O rescaldo continuava na tarde deste domingo sem prazo para terminar.

Haddad lamentou a perda de vidas humanas e falou sobre as providências a serem tomadas pela Prefeitura de São Paulo para atendimento às vítimas.  O prefeito esteve na quadra da escola de samba Imperador do Ipiranga, onde parte dos moradores foram recebidos e fez uma vistoria ao local atingido pelas chamas.

A Prefeitura de São Paulo realizou neste domingo um primeiro cadastro de 503 famílias com 860 pessoas. 

Após o segundo cadastramento, que será realizado pela Secretaria da Habitação na próxima quarta e quinta-feira, as vítimas receberão a primeira parcela de três meses do auxílio aluguel, totalizando R$ 1,2 mil (R$ 400 por mês.) 

Os dados dos moradores serão conferidos com formulários de agentes de saúde e também de apoio da comissão de bairro, para evitar distorções.  No dia 30, segundo a Prefeitura, os desabrigados receberão mais três meses de auxílio-aluguel, que será renovado pelo tempo necessário até que as famílias sejam atendidas definitivamente.

A Prefeitura diz que pretende construir moradias sociais em um empreendimento na própria região do Ipiranga, próximo do local onde as vítimas viviam.

Roney DomingosDo G1 em São Paulo