Covax enviará ao Brasil até 14 milhões de doses a partir de fevereiro
Covax pretende entregar 1,8 bilhão de doses de vacinas para 92 países mais pobres em 2021
- Aliança Covax enviará de 10 a 14 milhões de doses da vacina de Oxford ao Brasil a partir de fevereiro, diz Ministério da Saúde
Estimativa consta em carta enviada pelo consórcio internacional, diz governo. Anvisa analisa registro definitivo da vacina, mas Brasil já aplica 2 milhões de doses de modo emergencial.
Por Delis Ortiz, TV Globo — Brasília
A aliança Covax, iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) para garantir o acesso equitativo às vacinas contra a Covid-19, deve enviar de 10 a 14 milhões de doses da vacina de Oxford ao Brasil a partir de fevereiro.
A informação foi divulgada neste sábado (30) pelo Ministério da Saúde, que disse ter recebido a estimativa em uma carta enviada pelo consórcio internacional.
A Covax Facility é uma coalizão de mais de 150 países criada para impulsionar o desenvolvimento e a distribuição das vacinas contra a Covid-19. O Brasil é um dos participantes.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, já havia anunciado no último dia 22 que as primeiras doses da Aliança Covax seriam distribuídas a partir do próximo mês – sem detalhar quanto cada país receberia.
Primeiras vacinas da Covax, aliança global liderada pela OMS, começam a ser distribuídas em fevereiro
Covax pretende entregar 1,8 bilhão de doses de vacinas para 92 países mais pobres em 2021
Nesse primeiro momento, segundo a OMS, há acordo de compra para 40 milhões de doses da vacina produzida pela Pfizer e pela BioNTech e outras 150 milhões de doses da vacina de Oxford e da AstraZeneca.
Segundo o Ministério da Saúde, a carta enviada pela Aliança Covax estabelece que o Brasil receberá doses da vacina de Oxford – que já tem registro emergencial aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O pedido de registro definitivo foi feito nesta sexta (29).
Nova análise da Anvisa
Responsável pela análise e pela aprovação de todas as vacinas a serem aplicadas no Brasil, a Anvisa informou neste sábado que acompanha as ações do consórcio Covax e participa das reuniões.
Segundo a agência, a necessidade de uma novo pedido de registro dessas vacinas depende do local de produção e da forma de apresentação das doses.
O registro emergencial já concedido analisou vacinas de Oxford produzidas e finalizadas pelo laboratório Serum, da Índia. Se as doses a serem enviadas pela Covax tiverem a mesma origem e apresentação, a Anvisa pode simplesmente "ampliar" a autorização para uso.
Uma análise adicional como essa já foi feita pela Anvisa em relação à Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac. A agência já havia aprovado o uso emergencial de doses trazidas prontas da China, e depois se reuniu para aprovar novamente a aplicação das doses finalizadas no Brasil pelo Instituto Butantan.
Se as vacinas forem produzidas em outro laboratório, no entanto, a Anvisa diz que terá de analisar um novo pedido de registro emergencial. O mesmo acontecerá se a Covax enviar apenas o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), a matéria-prima do imunizante, para que a vacina seja finalizada no Brasil.
Anvisa aprova, por unanimidade, segundo pedido de uso emergencial do Instituto Butantan
Doses para o Brasil e o mundo
Em outubro, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, informou que a contribuição do Brasil na aliança global previa, como contrapartida, o recebimento de 42 milhões de doses de vacinas.
Esse total seria suficiente para a cobertura de 10% da população brasileira, o que equivale a cerca de 21 milhões de pessoas (considerando a necessidade de dose dupla).
https://g1.globo.com/bemestar/vacina/noticia/2021/01/30/alianca-covax-da-oms-diz-que-enviara-de-10-a-14-milhoes-de-doses-da-vacina-de-oxford-ao-brasil-a-partir-de-fevereiro.ghtml
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