Previdência: Camilo Santana diz que governadores querem "reforma humanizada"

Previdência: Camilo, é preciso "superar divergências políticas"

Previdência: Camilo Santana diz que governadores querem "reforma humanizada" Por Redação Tema foi debatido em reunião nesta terça-feira com presidentes do Senado e Câmara [caption id="attachment_154779" align="alignleft" width="300"] Para Camilo, é preciso "superar divergências políticas" no tema da previdência (José Leomar)[/caption] O governador Camilo Santana (PT) usou sua página na rede social Facebook para comentar a posição dos chefes de Executivo estaduais sobre a proposta de reforma da Previdência em discussão na Câmara dos Deputados. De acordo com ele, não há oposição ao projeto, mas críticas a pontos específicos. "Compreendemos a necessidade da reforma, envolvendo todos, União, Estados e Municípios, mas desde que seja uma reforma humanizada da previdência", escreveu o petista. E, de acordo com ele, muito já se avançou na Casa sobre o assunto em relação ao projeto que o governo federal encaminhou ao Congresso, com a retirada das mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC), nas aposentadorias rurais e dos professores. "Com muito senso de responsabilidade, buscamos ainda a criação de fontes exclusivas de novas receitas para Estados e Municípios através de um fundo que ajude a reduzir o déficit previdenciário", completa. Segundo o petista, a hora é de buscar consensos, e não confrontos. "Este é um momento de superar divergências políticas e agir, acima de tudo, com a responsabilidade de quem quer o bem do país e dos brasileiros", completa. O tema foi discutido nesta terça-feira (2), em encontro entre governadores e os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), o secretário especial da Previdência Social, Rogério Marinho (PSDB). O encontro acabou sem acordo sobre quais partes da reforma da Previdência também atingirão Estados e municípios. Desgaste A inclusão ou não de Estados e municípios é um dos principais temas de discussão em relação à reforma nesse momento. Deputados federais não querem arcar sozinhos com o custo político de aprovar um projeto impopular, então defendem uma reforma apenas para a União, deixando às Assembleia Legislativas e Câmara Municipais o desgaste de aprovar mudanças para os servidores locais e estaduais. O temo é que, com uma reforma que atinja todos os entes federativos, percam-se votos que hoje estariam dispostos a apoiar a mudança e, e governadores e prefeitos não sejam capazes de articular apoios entre seus aliados no Congresso Nacional. E a habilidade de obter esse apoio foi cobrada nesta terça pelo presidente Jair Bolsonaro. Em conversa com jornalistas antes de participar de almoço no Ministério da Defesa, ele cobrou em especial os governadores do Nordeste, quase todos de partidos adversários de seu governo. "Para entrar Estados e municípios (na reforma), os governadores, em especial do Nordeste, de esquerda, têm que votar a favor. Até pouco tempo, eles queriam que fosse aprovada a reforma com voto contrário deles, para não ter desgaste, porque tem desgaste ao Parlamento", declarou o presidente, segundo o Estado de S. Paulo.

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