Bolsonaro diz que deve manter gestão do ensino superior no Ministério da Educação
Bolsonaro: ensino superior havia possibilidade de ficar na Ciência e Tecnologia
[caption id="attachment_149331" align="alignleft" width="300"] Presidente eleito, Jair Bolsonaro, na chegada ao CCBB para reuniões no gabinete de transição nesta terça (13) — Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil[/caption] Bolsonaro diz que deve manter gestão do ensino superior no Ministério da Educação Havia possibilidade de ficar sob a gestão do Ministério da Ciência e Tecnologia, para o qual já foi indicado o astronauta, Marcos Pontes. Por Guilherme Mazui, G1 — Brasília Bolsonaro disse que deve manter a gestão do ensino superior no Ministério da Educação O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta terça-feira (13) que deve manter a gestão do ensino superior no Ministério da Educação. Havia possibilidade de o ensino superior ficar sob a gestão do Ministério da Ciência e Tecnologia, para o qual já foi indicado o astronauta, Marcos Pontes. Bolsonaro deu a declaração antes de encontro com o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro João Batista Brito Pereira, em Brasília. É a segunda vez que Bolsonaro retorna à capital depois de eleito. Ele foi questionado sobre o destino do ensino superior em seu governo, se manteria a área no MEC ou se a colocaria na alçada da pasta da Ciência e Tecnologia. "A princípio vai ser mantido no Ministério da Educação", respondeu. Jair Bolsonaro se reúne com ministra Rosa Weber, presidente do TSE Bolsonaro chegou a Brasília nesta terça. Durante a manhã, ele despachou com assessores e futuros ministros no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), onde está funcionando o governo de transição. No início da tarde, ele esteve com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber. Defesa Assim que chegou a Brasília, Bolsonaro anunciou, por meio de publicação no Twitter, a indicação do general da reserva do Exército Fernando Azevedo e Silva para assumir o Ministério da Defesa. Mais tarde, em conversa com jornalistas, ele comentou a indicação. O presidente eleito afirmou que propôs para a Marinha que um almirante comandasse a pasta, porém o militar escolhido declinou por "questões familiares". O nome do almirante não foi revelado. Bolsonaro declarou que o general Azevedo e Silva "tem uma vida pregressa de serviços excepcionais", com passagem pela missão de paz da ONU no Haiti, experiências em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e na chefia do Estado-Maior do Exército. Bolsonaro negou que a escolha tenha sido uma "sugestão" do presidente do STF, Dias Toffoli, a quem o general assessora atualmente. "Fiz até uma brincadeira, se me permitem, quando ele (general Azevedo e Silva) fez estágio com o Toffoli, daí ele voltou para nós", afirmou. 'Pode ser gay' Bolsonaro afirmou que novos ministros poderão ser anunciados nos próximos dias. Um dos nomes em análise é o do futuro ministro das Relações Exteriores que, segundo ele, será diplomata. O anúncio poderá ser feito nesta quarta-feira (14), conforme o presidente. Perguntado se seria homem ou mulher, respondeu ao repórter que "tanto faz". "Tanto faz, pode ser gay também. Você é voluntário?", respondeu o presidente eleito. Trabalho No TST, Bolsonaro foi questionado sobre o futuro do Ministério do Trabalho. Na semana passada, ele declarou que a pasta será incorporada "a algum ministério", sem entrar em detalhes. "Vai ter ministério do trabalho mas, junto com outra pasta", disse. O presidente comentou ainda que haverá "ministro" da Indústria e Comércio, mas o futuro chefe da pasta da Economia, Paulo Guedes, já disse que a o ministério unificará Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio. Procurada pelo G1, a assessoria de Paulo Guedes disse não ter informação sobre o assunto. Meio Ambiente e Saúde Bolsonaro disse que também está próximo de anunciar o ministro do Meio Ambiente. O presidente eleito disse buscar um perfil "técnico" para destravar a questão ambiental. Uma das preocupações do presidente trata das licencias ambientais. "A questão de licenças ambientais tem atrapalhado muito o desenvolvimento do Brasil", disse Bolsonaro. O presidente eleito ainda citou a possibilidade de indicar o deputado federal Luiz Mandetta (DEM-MS) para o Ministério da Saúde, porém não confirmou a escolha "Ele é muito bem quisto por grande parte dos médicos do Brasil, a própria frente parlamentar da saúde também é simpática ao nome dele. É um nome que está sendo cogitado", declarou. Impulsionamento Na passagem pelo TST, Bolsonaro comentou o fato de Twitter, Facebook, Instagram e WhatsApp terem informado ao TSE que a campanha dele não pagou pela disseminação de conteúdo na internet. As manifestações foram enviadas pelas empresas depois que o ministro Luís Roberto Barroso, relator da prestação de contas de Bolsonaro, determinou que as empresas informassem se a campanha pagou pelo impulsionamento de conteúdo. “Eu nunca impulsionei nada, é uma mentira plantada anteriormente visando me prejudicar", declarou o presidente eleito. Agenda em Brasília Bolsonaro informou que deve se reunir nesta quarta (14) com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ele também deve ir a um encontro em Brasília com governadores eleitos. "Nós não vamos decepcionar os governadores, estaremos presentes sim. O que eles querem eu também quero: dinheiro", disse. Seguindo Bolsonaro, eventual renegociação da dívida dos estados será tratada pela equipe de Paulo Guedes, que chefiará a equipe econômica.
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