Camilo diz que há "preconceito muito forte" com OS no Ceará
O governador elogiou experiência tucana na área de saúde e educação em visita ao estado de Goiás, acompanhado de outras autoridades cearenses
CARLOS GIBAJA/GOVERNO DO CEARÁ O governador Camilo Santana (PT), ao lado do secretário de Saúde de Goiás, Leonardo Vilela, visitou hospitais do estado, conheceu sistemas de monitoramento do SUS e outros equipamentos O governador Camilo Santana (PT) afirmou, ontem, que “há um preconceito ainda muito forte” no Ceará em relação ao funcionamento da rede pública de Saúde administrada por organizações sociais (OS). O chefe do Executivo cumpriu agenda ontem no Estado de Goiás - administrado pelo PSDB -, onde conheceu a experiência do governo estadual com a administração por OS tanto na saúde como na educação. Camilo visitou, na capital Goiânia, o Conecta SUS, sistema que acompanha em tempo real a situação dos hospitais e de outros equipamentos de saúde do Estado; além do Hospital de Urgência de Goiânia, o Hospital Geral de Goiânia e o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage. O petista esteve acompanhado pelo governador de Goiás, Marconi Perillo, e integrantes de ambas as gestões estaduais. Do Ceará, acompanharam Camilo o secretário da Saúde, Henrique Javi, o chefe da Casa Civil, Alexandre Landim, o procurador-geral do Estado, Juvêncio Viana, o secretário da Educação, Maurício Holanda, além do procurador-geral de Justiça, Plácido Rios, e o presidente do TCE Edilberto Pontes. OS no Ceará Em entrevista a emissoras locais, Camilo destacou que mantinha diálogo com o governador de Goiás sobre a experiência com as organizações sociais que, segundo o petista, é considerada um sucesso para o Ministério da Saúde. “Estou impressionado com o controle, a fiscalização, a qualidade do investimento e a gestão”, ressaltou. Questionado sobre a gestão da área no Ceará, destacou ampliação estrutural durante o governo Cid Gomes e frisou que a administração dos equipamentos se divide entre OS e gerenciamento direto do Estado. “A diferença é enorme, mas há um preconceito ainda muito forte no Estado em relação ao funcionamento da rede pública de saúde administrada e gerenciada pela OS. Por isso, fiz questão de vir aqui e trazer o Ministério Público, o Tribunal de Contas, o nosso secretário (da Saúde) para conhecer e mostrar que esse funcionamento trouxe um resultado muito positivo para a população de Goiás”, afirmou o governador. No Ceará, o principal exemplo de OS é o Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH) que administra, dentre outros equipamentos, o Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara e os hospitais regionais de Juazeiro do Norte e Sobral. Reportagem do O POVO de maio do ano passado mostrou que o instituto detém mais de R$ 458,3 milhões em contratos com o Estado e vê questionados seus modelo e grau de transparência. Concebida para superar gargalos na saúde do Estado, a Organização Social multiplicou custos e acabou no centro da crise que abala hoje o setor.
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