MPF pede transformação de prisão de irmão de Dirceu em preventiva
Luiz Eduardo de Oliveira e Silva foi preso na 17ª etapa da Lava Jato. Por outro lado, procuradores se manifestaram pela soltura de outros dois.
Do G1 PR O Ministério Público Federal (MPF) pediu a conversão da prisão temporária de Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, irmão de José Dirceu, em preventiva. Em documento enviado ao juiz Sergio Moro, que irá analisar o pedido ainda nesta quarta-feira (12), os procuradores afirmam ainda que não veem como necessária a continuidade das prisões de Pablo Alejandro Kipersmit e Roberto Marques – ex-assessor de Dirceu. As prisões temporárias dos três expiram nesta quarta. O grupo está detido na carceragem da Superintendência da Polícia Federal (PF) desde segunda-feira (3), em Curitiba. A atual fase da Lava Jato, batizada de "Pixuleco" (apelido para propina), investiga um esquema de fraude, corrupção e lavagem de dinheiro na Petrobras. O foco são irregularidades em contratos com empresas terceirizadas. Entre os presos estão o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que cumpre prisão preventiva. Segundo as investigações, ele teria participado da instituição do esquema de corrupção na estatal quando ainda estava na chefia da Casa Civil, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O advogado do ex-ministro nega irregularidades e diz que a prisão tem "justificativa política". Até esta quarta, a PF não tinha definido a data para o primeiro depoimento dele. As prisões temporárias que vencem nesta quarta são de: Luiz Eduardo de Oliveira e Silva – irmão de José Dirceu e sócio dele na JD Consultoria. É suspeito de ir até empresas para pedir valores para o esquema de corrupção. A JD é suspeita de receber R$ 39 milhões por serviços que não foram feitos. Pablo Alejandro Kipersmit – presidente da Consist Software. Segundo o delator Milton Pascowitch, a empresa simulou contrato de prestação de consultoria com a Jamp Engenheiros, com a finalidade de repassar dinheiro ao PT através de João Vaccari Neto. Roberto Marques - ex-assessor de Dirceu. Segundo a delação de Milton Pascowitch, ele recebia dinheiro e controlava despesas de Dirceu no esquema de corrupção. Foram soltos: Júlio Cesar dos Santos, sócio minoritário da JD Consultoria até 2013 e Olavo Hourneaux de Moura Filho, suspeito de receber quase R$ 300 mil do esquema de corrupção para Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura, irmão dele, também foram presos temporariamente, mas não tiveram a prisão prorrogada. De acordo com as investigações, uma empresa no nome de Júlio dos Santos é dona de um imóvel em Vinhedo que o ex-ministro José Dirceu usava como escritório. O imóvel foi reformado como contrapartida da participação de Dirceu no esquema, segundo o delator Milton Pascowitch. Presos que cumprem prisão preventiva e que não têm prazo para deixar a prisão: José Dirceu - ex-ministro da Casa Civil e suspeito de receber propinas mesmo após o julgamento do mensalão. Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura – lobista suspeito de representar José Dirceu na Petrobras, é apontado pelo MPF como responsável pela indicação de Renato Duque para a diretoria de Serviços da estatal. Celso Araripe – gerente da Petrobras, denunciado na 14ª fase da Lava Jato. É acusado de receber propina para providenciar aditivos em contrato da Odebrecht com a estatal.
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