‘Nós vivemos em uma democracia', diz Dilma sobre protestos
Elevador de nova unidade de saúde do Rio não funciona na inauguração.
Bernardo TabakDo G1 RJ
A presidente Dilma Rousseff comentou nesta sexta-feira (6) os protestos de servidores federais que enfrentou em sua passagem pela cidade do Rio de Janeiro. Perguntada sobre se havia visto a manifestação na chegada ao Hospital Miguel Couto, na Zona Sul do Rio, a presidente respondeu: “Vi querido. Nós vivemos em uma democracia. Vocês querem o quê?”
Na chegada da comitiva da presidente Dilma Rousseff ao Hospital Miguel Couto, em torno de 50 manifestantes dos setores da saúde e do Ensino Superior federais, com faixas e cartazes, cercaram os carros onde estavam as autoridades. Reunidos desde cedo em frente à porta do hospital, eles protestam por melhores condições salariais, de trabalho e pela aprovação dos planos de carreira. Com gritos como “Ô Dilma, a culpa é sua, a nossa greve está na rua” e “Saúde e educação querem negociação”, os manifestantes exigiam ser recebidos pela presidente, que entrou no hospital sem abrir a janela do carro.
Acompanhada do governador do estado do Rio, Sérgio Cabral, do prefeito da capital, Eduardo Paes, do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, do senador Marcelo Crivella, do vice-governador Fernando Pezão e do secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, a presidente Dilma entrou no elevador para iniciar a visita à nova unidade de saúde do município. Entretanto, o elevador não saiu do andar térreo, aparentando estar com defeito, e a comitiva teve que iniciar o passeio subindo as escadas.
A cerimônia de descerramento da placa de inauguração da nova Coordenação de Emergência Regional (CER) não durou mais do que um minuto, sem discurso de qualquer autoridade. Dilma apenas uniu as mãos com Cabral e Paes, aplaudidos pelo ministro. Ao final da cerimônia, Alexandre Padilha comentou o protesto dos servidores federais e disse que a responsabilidade pelos aumentos de salário não é do Ministério da Saúde. “Quem coordena todo o processo de negociação com os servidores federais é o Ministério do Planejamento, que tem mantido conversas com os representantes de várias áreas do governo federal”, afirmou.
Padilha ainda comentou sobre a ressalva feita pela presidente Dilma sobre as manifestações: “O comentário foi o que ela fez para vocês: isso faz parte da democracia. Esse é um governo que respeita a manifestação dos trabalhadores e das organizações sindicais, e isso faz parte do processo de negociação".
Protesto de estudantes
Antes de ir para a inauguração da unidade de saúde, Dilma participou de evento de entrega de casas do programa Minha Casa Minha VIda, na zona norte do Rio. Durante o discurso da presidente no evento, estudantes universitários fizeram protesto para chamar a atenção da presidente para que ela aprove a proposta aprovada na Câmara que destina 10% do PIB para a educação. O governo, no entanto, propõe 8%.
Dilma, o ministro da saúde, Alexandre Padilha, Sérgio Cabral e Eduardo Paes durante inauguração de unidade de saúde (Foto: Bernardo Tabak/ G1 RJ)
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