PF encontra R$ 1,6 milhão na casa de diretor do banco Master

As investigações começaram em 2025, após o Banco Central (BC) enviar um relatório informando das suspeitas.

Agente da PF conta dinheiro encontrado na casa de um dos dirigentes do Banco Master — Foto: Divulgação/PF  

Agentes da PF encontram joias durante operação sobre fraudes do Banco Master — Foto: Divulgação/PF 

Policiais encontram bebidas de alto valor em adega durante operação sobre fraudes no Banco Master — Foto: Divulgação/PF

Por Camila Bomfim, Fábio Amato, g1, TV Globo e GloboNews — Brasília - 18/11/2025 

A Polícia Federal (PF) encontrou R$ 1,6 milhão na casa de um dos investigados em operação desta terça-feira (18) que mirou a venda de títulos de crédito falsos.

O investigado é o diretor do banco Master Augusto Ferreira Lima, ex-CEO — que teve a prisão decretada pela PF.

Além de Lima, outros três diretores do banco e o dono, Daniel Vorcaro, foram detidos. Vorcaro estava tentando fugir do país em um avião particular para Malta.

As prisões aconteceram horas após o consórcio liderado pelo grupo de investimento Fictor Holding Financeira anunciar a compra do Banco Master — e pouco mais de um mês após o Banco Central ter rejeitado a aquisição pelo BRB (Banco de Brasília) (leia mais abaixo)

PF encontra R$ 1,6 milhão na casa de um dos investigados

Segundo a TV Globo apurou, sete mandados de prisão foram expedidos no âmbito da operação. Seis pessoas já foram presas.

Início das investigações

As investigações começaram em 2025, após o Banco Central (BC) enviar um relatório informando das suspeitas.

Na manhã desta terça, o BC emitiu um comunicado decretando a liquidação extrajudicial do Master e a indisponibilidade dos bens dos controladores e dos ex-administradores da instituição. Com isso, o processo de compra está automaticamente interrompido.

🔎 A liquidação extrajudicial ocorre quando o Banco Central fecha um banco que não tem mais condições de funcionar. Um liquidante assume o controle, encerra as operações, vende os bens e paga os credores, até extinguir a instituição.

O negócio com o grupo Fictor teria a participação de investidores dos Emirados Árabes Unidos e previa um aporte imediato de R$ 3 bilhões para reforçar o caixa do Master, que passa por dificuldades financeiras.

A compra ainda precisaria da aprovação do Banco Central do Brasil e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

https://g1.globo.com/politica/blog/camila-bomfim/post/2025/11/18/pf-encontra-r-16-milhao-na-casa-de-um-dos-investigados.ghtml