Suspeitos de vender carne que ficou submersa em enchente de Porto Alegre são presos no RJ
Empresa fluminense teria obtido lucro superior a 1000% ao colocar saúde de consumidores em risco
Escrito por Redação 22 de Janeiro de 2025
Legenda: Donos de empresa envolvida compraram 800 kg de carne imprópria para consumo humano e revenderam.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu quatro pessoas em flagrante, nesta quarta-feira (22), pela suspeita de envolvimento em um esquema de venda de carne que ficou submersa na enchente que atingiu Porto Alegre, entre maio e junho do ano passado. O produto de origem animal, mesmo impróprio, foi destinado ao consumo humano, colocando a saúde de consumidores em risco.
As prisões aconteceram no contexto da "Operação Carne Fraca", deflagrada contra uma empresa do Centro-Sul Fluminense. Pelo que noticiou o g1, um dos capturados pelas equipes da polícia foi Almir Jorge Luís da Silva, que compõe o quadro de sócios do negócio. Ao cumprirem os mandados, os policiais encontraram mais alimentos podres ou vencidos.
Através de nota veiculada no site da corporação, os agentes da Delegacia do Consumidor (Decon-RJ) cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados. De acordo com as investigações, a Tem Di Tudo Salvados, do município Três Rios, arrematou 800 toneladas de proteína deteriorada de um frigorífico gaúcho e revendeu a carga.
Os sócios, responsáveis pela aquisição, alegavam para os produtores gaúchos que a intenção era a fabricação de ração animal. No entanto, o destino foi diferente do que justificaram e o produto foi revendido para empresas de diversas partes do Brasil. O lucro obtido por eles com o esquema criminoso foi superior a 1000%, pelo que disseram os investigadores.
“Temos informações de que a carne foi maquiada para esconder a deterioração provocada pela lama e pela água que ficaram acumuladas lá no frigorífico da capital gaúcha”, explicou o delegado Wellington Vieira ao g1. Segundo ele, os pacotes de carnes — bovina, suína e de aves — foram transportados em 32 carretas, com destino a diferentes destinos.
Ainda no comunicado divulgado em seus canais oficiais, a Polícia Civil do Rio de Janeiro esclareceu que os investigados podem responder pelos crimes de associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos, com alcance em todo o país.
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