Ato público contra a PEC 37 foi realizado na manhã de hoje (10) em Juazeiro do Norte

Roberto Bulhões

Um ato público contra a Proposta de Emenda Constitucional, a (PEC 37), denominada de “PEC da Impunidade”, foi realizada na manhã dessa quarta-feira (10) nas dependências do Fórum Juvêncio Santana, em Juazeiro do Norte. O movimento que acontece simultaneamente em todo país é promovido pelos Ministérios Publico Federal e estadual, visando à derrubada no Congresso Nacional da referida PEC. Estiveram presentes ao evento o presidente da Associação Cearense do Ministério Público, Plácido Barroso Rios, juntamente com o promotor de justiça Nelson Ricardo Monteiro que veio representando o Procurador Geral de Justiça do Ceará e contou com apoio de todos os promotores de justiça do Cariri. O ato público contou ainda com a presença dos representantes do Ministério Publico Federal, procurador Rafael Ribeiro Rayol e do Trabalho, procuradora Lorena Camarotti, sediados em Juazeiro do Note.

Representantes dos policiais Federais, Militares, Bombeiros, igrejas, OAB, imprensa, Defensoria Publica, Entidades de Classe, Conselho Tutelar, dentro outros, estiveram presentes. Todos se colocaram contra a PEC 37. Cada representante teve a oportunidade de falar durante 3 minutos e cada orador mostrava sua indignação em saber da mobilização de congressistas em querer barrar os trabalhos do Ministério Publico em todo Brasil. Segundo o presidente da Associação Cearense do Ministério Publico, Placido Barroso, “em todo o mundo só em Uganda, Quênia e Indonésia o Ministério Público não pode investigar. Caso o Congresso Nacional aprove a PEC 37, o Brasil será o quarto no mundo a se entregar ainda mais a corrupção”.

 “Enfraquecer o Ministério Público é fortalecer ainda mais a corrupção neste país”, afirmou o radialista Murilo Siqueira que classificou a PEC 37 como “Peste 37”. Para o procurador federal Rafael Ribeiro Rayol, “neste país até cachorro pode investigar e querem acabar com o poder do Ministério Público”. O procurador fez referência aos cachorros que investigam malas nos aeroportos a procura de drogas, sempre usados pela Polícia Federal. Por outro lado Rafael Rayol foi enfático e assegurou que “os delegados das policia federal e da policia nos estados, não tem como fazer tudo sem o apoio do Ministério Público". Delegados nos estados não possuem inamovibilidade. Basta um delegado de polícia desagradas  um chefe político forte que será transferido no dia seguinte para bem longe de onde estava.

O próximo passo dos promotores e procuradores de justiça é a marcha a Brasília no próximo dia 24 deste mês, onde vão conversar com os parlamentares e lideranças dos partidos que se posicionaram contra a “PEC da Impunidade”.

Eles já contam com o apoio do Presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, do Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, da Ordem dos Advogados do Brasil, Associação Brasileira de Imprensa, dentre outros órgão de peso a nível nacional. Após o retorno de Brasília será definido o dia em que haverá em Juazeiro do Norte um adesivaço, junto com uma blitz educativa contra a impunidade ao lado do Cariri Shopping.