Escaneamento 3D revela família romana enterrada em gesso há 1,7 mil anos

O túmulo faz parte das coleções do Museu de Yorkshire, na cidade de York, que tem 16 desses invólucros em gesso

Cercade 1,7 mil anos atrás, uma rica família romana foi enterrada com gesso líquidoderramado em seus corpos – Foto Universidade de York

Prática de derramar gesso líquido em cadáveres pode ter sido comum entre romanos de alto status, conforme mostra enterro coletivo de dois adultos e uma criança

Por Redação Galileu

Cerca de 1,7 mil anos atrás, uma rica família romana foi enterrada com gesso líquido derramado em seus corpos Universidade de York

Uma varredura 3D foi utilizada por cientistas na Inglaterra para avaliar um túmulo de uma rica família romana que morreu há cerca de 1,7 mil anos. Os corpos dos familiares foi coberto na época misteriosamente por gesso líquido.

O túmulo faz parte das coleções do Museu de Yorkshire, na cidade de York, que tem 16 desses invólucros em gesso. A iniciativa de digitalização 3D, chamada de "projeto York", é uma parceria entre a Universidade de York, a instituição York Museums Trust e o centro de pesquisa Heritage360.

Normalmente, apenas um indivíduo era enterrado em um caixão pelos romanos, mas para o projeto, os pesquisadores escolheram o invólucro onde estava toda a família, que inclui dois adultos e uma criança mortos no mesmo período.

Os arqueólogos usaram o escaneamento 3D para estudar a prática funerária romana de derramar gesso sobre os corpos. É a primeira vez que a tecnologia de ponta é aplicada a enterros romanos desse tipo em qualquer lugar do mundo.

Por motivos que os especialistas não entendem, os romanos às vezes derramavam o gesso líquido, usado na fabricação de vários tipos de cimento, sobre os corpos vestidos de adultos e crianças em caixões de chumbo ou pedra antes de enterrá-los.

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