Em meio a protestos, governo do Peru decreta emergência em sete regiões

Protestos incessantes exigem a renúncia da presidente Dina Boluarte e já deixaram 48 mortos, informou o diário oficial neste domingo.

Por France Presse

Protestos reprimidos pela polícia nas ruas de Lima, capital do Peru — Foto: REUTERS/Alessandro Cinque

Protestos exigem a renúncia da presidente Dina Boluarte. Medida restringe ou suspende "direitos constitucionais relativos à inviolabilidade de domicílio, liberdade de circulação pelo território nacional, liberdade de reunião e liberdade e segurança pessoais.

O governo peruano decretou estado de emergência por 60 dias em sete regiões do país, em meio a protestos incessantes que exigem a renúncia da presidente Dina Boluarte e que já deixaram 48 mortos, informou o diário oficial neste domingo.

Os departamentos onde a medida foi imposta são Amazonas Madre de Dios, Cusco, Puno, Apurímac, Arequipa, Moquegua e Tacna.

O estado de exceção, que também vigora até meados de fevereiro nas regiões de Lima e El Callao, outorga "o controle da ordem interna" à polícia e às Forças Armadas.

A medida restringe ou suspende "direitos constitucionais relativos à inviolabilidade de domicílio, liberdade de circulação pelo território nacional, liberdade de reunião e liberdade e segurança pessoais", detalha o diário oficial.

O decreto também declara a "imobilização social obrigatória" de pessoas de 20h às 4h por 10 dias no departamento de Puno, com exceção daquelas que o estejam fazendo para realizar atividades produtivas ou de trabalho, ou que necessitem de atendimento médico urgente.

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/02/05/em-meio-a-protestos-governo-do-peru-decreta-emergencia-em-sete-regioes.ghtml