Polícia mata 1 e fere 5 em protesto na embaixada dos EUA no Iêmen
Eles protestavam contra filme que ridiculariza o Islã e o profeta Maomé.
G1, com agências internacionais
A polícia do Iêmen matou uma pessoa a tiros e feriu outras cinco nesta quinta-feira (13), durante confrontos com manifestantes que protestavam contra um filme anti-Islã em frente ao complexo da Embaixada dos EUA, na capital, Sanaa.
O confronto ocorreu quando os manifestantes, que haviam invadido o complexo mais cedo e depois sido retirados, tentaram novamente entrar no local, segundo os serviços de segurança.
Os iemenitas protestavam contra um filme considerado blasfemo para o Islã e que vem gerando reações violentas em vários países muçulmanos -na mais grave delas, quatro diplomatas americanos foram mortos na Líbia na noite de terça-feira.
Testemunhas disseram que os manifestantes iemenitas quebraram janelas de imóveis vizinhos ao da embaixada dos EUA antes de derrubarem o portão principal do prédio americano.
Em um comunicado divulgado pela agência oficial Saba, o presidente iemenita Abd Rabbo Mansour Hadi se declarou "extremamente inconsolável" pelo ataque e apresentou suas desculpas ao presidente Barack Obama e ao povo americano.
Ele também determinou a formação de uma comissão de investigação do incidente para levar os culpados ante a justiça.
Egito
No Egito, novos confrontos em frente à embaixada americana, no Cairo, deixaram 13 feridos.
O presidente egípcio, o islamita Mohamed Morsi, criticou as ofensas ao profeta, mas pediu o fim da violência.
Quatro diplomatas mortos
Na quarta-feira (12), um ataque ao prédio do consulado dos EUA em Benghazi, na Líbia, matou quatro pessoas, entre elas o embaixador Chris Stevens.
Os EUA também anunciaram o envio à costa da Líbia de dois destróieres e uma equipe de fuzileiros especializada na luta antiterrorista.
Antes do ataque, o prédio americano foi cercado por manifestantes que protestavam contra o filme “Innocence of Muslims” (“A inocência dos Muçulmanos”), dirigido e produzido por Sam Bacile, que seria o pseudônimo de um israelense-americano que afirma que o Islã é "uma religião do ódio" e um "câncer".
Na véspera, o presidente americano Barack Obama anunciou reforço na segurança dos postos diplomáticos do país ao redor do globo e afirmou que trabalharia em conjunto com as autoridades líbias para fazer "justiça" aos autores do ataque.
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