Comandante do Costa Concordia é condenado a 16 anos de prisão
Ele foi considerado culpado pelo naufrágio que matou 32 pessoas em 2012.
Francesco Schettino, o ex-comandante do Costa Concordia, chega para o último dia de seu julgamento nesta quarta-feira (11) em Grosseto, na Itália (Foto: Alberto Pizzoli/AFP) Schettino respondia por homicídio culposo múltiplo e abandono de navio. Do G1, em São Paulo Francesco Schettino, ex-comandante do Costa Concordia, foi condenado a 16 anos de prisão pela acusação de causar o naufrágio no qual morreram 32 pessoas, quando o enorme navio de cruzeiro afundou, em janeiro de 2012. De acordo com a agência AFP, ele foi condenado por homicídio culposo múltiplo e por abandono do navio pelo tribunal de Grosseto, na Itália. No entanto, ainda é incerto se ele de fato irá para a cadaia antes da conclusão do longo processo de apelação na Itália, o que pode levar anos. Segundo a EFE, ele começou a chorar nesta quarta-feira durante a audiência. Schettino fez um pronunciamento final espontâneo no qual não conteve as lágrimas. "Quero dizer, talvez não fui compreendido, que em 13 de janeiro do 2012 uma parte de mim também morreu", afirmou. Investigadores criticaram severamente o modo como ele agiu durante o desastre, acusando-o de ter conduzido o navio de 290 metros de comprimento perto demais da costa, onde acabou batendo em rochas ao largo da ilha toscana de Giglio. O acidente abriu um buraco no casco da embarcação, o que levou ao início de uma caótica remoção de mais de 4.000 passageiros e tripulantes durante a noite. Schettino também era acusado de ter demorado para iniciar a retirada das pessoas e perdido o controle da operação, tendo abandonado o navio antes de todos os 4.200 passageiros e tripulantes serem resgatados. Os promotores pediram pena de 26 anos de prisão para Schettino, que admitiu alguma responsabilidade como comandante do navio, mas negou culpa pelas mortes que ocorreram durante a remoção. Ele foi deixado sozinho no banco dos réus para responder pelo desastre após a Costa Cruzeiros, uma unidade da Carnival Corp, pagar multa de 1 bilhão de euros (US$ 1,13 milhão) para encerrar o caso e promotores aceitarem acordos com cinco outros funcionários.
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