Conheça a história do sertanejo “Zé do Gado”

Zé do Gado ficou órfão e foi adotado por um fazendeiro

JOSÉ DE SOUZA "ZÉ DO GADO" 

Conheça a história de um sertanejo fantástico.

José de Souza “Zé do Gado”, nasceu em 10 de novembro de 1935 no Bairro Tibiri na cidade de São Braz Estado de Alagoas. Filho de Maria de Souza e pai desconhecido. Quando sua mãe faleceu ele estava com 6 anos. Sozinho e desamparado foi adotado pela família de Dárcio Dias fazendeiro do lugar. Tornou-se vaqueiro e ajudou bastante à sua nova família. Ao completar 18 anos, conheceu um amigo do Estado do Ceará especificamente da Região do Cariri. Resolveu então mudar de vida, foi então que em 1955 chegou de Pau de Arara para residir na cidade de Barbalha”. 

Ao chegar aqui trabalhou como vaqueiro para o “Senhor São” e demais da família por muitos anos. Ao deixar de ser vaqueiro, trabalhou também na serraria do Senhor Edmundo de Sá e Hamilton de Sá por 45 anos. 

Em 1958 conheceu Maria Marlene Correia(bordadeira). Casaram-se e tiveram 6(seis) filhos, dos quais apenas 3(três) permaneceram vivos até hoje, dentre eles: Cícero Adriano de Souza, José Adeilson de Souza e Francisco Ademir de Souza. 

José de Souza aposentou-se com 64 anos, ainda criava cabras! Era popular, brincalhão e responsável. Passou muito tempo cuidando de sua esposa que necessitava de seus cuidados. Sabia ler pouco, pois foi alfabetizado através do “MOBRAL”. Dizimista e católico! Era devoto de Mãe Rainha, Padre Cícero e Santo Antonio. Por muitos anos acompanhou o cortejo do Pau da Bandeira e nesse dia, ele fazia questão de entregar os fogos ao seu amigo Reques que soltava os fogos com fervor. No dia da procissão, estava ele segurando o cordão de proteção do carro andor, depois entregava flores para os devotos ali presentes.

Zé do Gado era um homem alegre, gostava de comprar rifas de Santo Antonio, de participar das quermesses, serestas e forrós. Zé do Gado nunca exerceu um cargo político, mas adorava conversar sobre política com seus amigos e até com autoridades. Por ser um católico fiel, gostava de rezar o terço todos os dias em família e ainda fazia parte do terço dos homens na Igreja do Rosário. Era uma pessoa benquista, porém um dia, cansado fez-se necessário ser internado no Hospital São Vicente de Paulo onde seu estado de saúde se agravou bastante e muito rápido, sendo diagnosticado com uma pneumonia e insuficiência respiratória, chegando a óbito e 01 de novembro de 2018. Seu corpo foi sepultado no cemitério de Barbalha seguindo assim para outro plano deixando: Esposa, filhos, netos, parentes e amigos saudosos.

Escrita por Jacinta Maria Correia sua Cunhada.

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