Choque-Rei de reforços: R$ 61 milhões separam gastos de São Paulo e Palmeiras

São Paulo e Palmeiras, grande clássico no Morumbi

Tricolor direciona 94% dos R$ 24,2 milhões investidos para Lucas Pratto, e Verdão paga R$ 85,9 milhões em contratações, das quais Borja representa mais do que todas do rival Por Alexandre Lozetti, Felipe Zito e Marcelo Hazan, São Paulo -04 Choque-Rei de reforços Além das equipes, São Paulo e Palmeiras opõem filosofias de trabalhos e gestões financeiras neste sábado, às 19h (de Brasília), no Morumbi, pela terceira rodada do Brasileirão. Os rivais contrataram em número parecido até agora para 2017: 10 jogadores no Tricolor e 13 no Verdão. O abismo colocado à prova no Choque-Rei, no entanto, está no dinheiro investido nos reforços: R$ 61,7 milhões separam os gastos nas contratações (em valores aproximados) – veja no gráfico abaixo. O São Paulo colocou 6,2 milhões de euros (R$ 22,8 milhões), o que representa 94,2% do gasto total para reforços, em um só jogador: Lucas Pratto, capitão e autor de oito gols no ano. Jucilei, Thomaz, Sidão, Morato e Marcinho, juntos, custaram R$ 1,406 milhões. O Palmeiras, apoiado pelo patrocínio da Crefisa, teve em Borja sua principal contratação: R$ 33 milhões, a mais cara da história do clube e de montante superior em R$ 8,8 milhões a todo o dinheiro usado pelo Tricolor. O atacante foi eleito Rei da América na última temporada e fez seis gols em 2017. O investimento do Verdão foi principalmente dividido entre o colombiano (38,42%), Guerra (13,63%), Luan (11,65%) e Juninho (11,65%). Os valores do gráfico são de jogadores contratados com pagamento de direitos econômicos e não incluem gastos com luvas e salários. No Tricolor, Edimar, Cícero, Wellington Nem e Neilton (saiu e foi para o Vitória) foram acertados sem dinheiro para o outro clube. No Verdão, Felipe Melo, Willian, Michel Bastos, Antonio Carlos e Mayke também não demandaram pagamento de compensação financeira. Mandante, o time de Rogério Ceni sofre dentro e fora de campo: acumula três eliminações na temporada e tem dificuldades financeiras. Visitante, a equipe de Cuca vai embalada pela classificação da Libertadores, tenta quebrar o tabu de 15 anos sem vencer no Morumbi e tem dinheiro de sobra para investir. O São Paulo anunciou recentemente patrocínio do Banco Intermedium e MRV Engenharia até junho de 2020, acordo pelo qual receberá R$ 42 milhões além de outros benefícios. O Palmeiras renovou com a Crefisa por mais duas temporadas. Até o fim do primeiro mandato de Maurício Galiotte, Crefisa e Faculdade das Américas pagarão R$ 72 milhões em 2017 e R$ 78 milhões em 2018, sem contar bonificações e ajudas em contratações. Em campo, na noite deste sábado, isso fará diferença? O são-paulino Cícero disse que não. O palmeirense Cuca concordou. A ver. Fonte: globoesporte