Fluminense bate o Santos na volta de Scarpa

Fluminense estreia com vitória na Série A

Em jogo com cinco gols no Maracanã, Fluminense bate o Santos na volta de Scarpa [caption id="attachment_136054" align="alignleft" width="300"]-04 Em jogo com cinco gols no Maracanã, Fluminense bate o Santos Comemoração do gol de pênalti de Henrique Dourado, do Fluminense, contra o Santos (Foto: André Durão)[/caption] Recuperado de lesão, meia entra no segundo tempo e vê Flu bater o adversário com dois gols de Henrique Dourado e um de Sornoza. Peixe luta até o fim, marca com Victor Ferraz e Hernandez e fica a um do empate Por GloboEsporte.com, Rio de Janeiro Em jogo movimentado, com cinco gols, sendo o primeiro aos 3 e o último aos 42, além de seis minutos de acréscimos, o Fluminense bateu o Santos por 3 a 2, na manhã deste domingo, no Maracanã, na estreia dos dois times no Campeonato Brasileiro. O estádio recebeu 9.880 pagantes (11.835 presentes), para uma renda de R$ 305.610,00. A partida marcou a volta de Gustavo Scarpa, recuperado de lesão. Ele não atuava desde fevereiro e jogou por dez minutos. – Foram dois meses parado, errei até posicionamento no segundo gol deles. Mas estou feliz por voltar e o melhor foi sair com a vitória – disse Scarpa. Henrique Dourado abriu o placar aos 3 minutos (antes mesmo de o Santos emplacar uma sequência de passes), Victor Ferraz empatou aos 38 e Henrique Dourado (em pênalti sofrido por ele mesmo) tornou a colocar o Flu em vantagem nos acréscimos do primeiro tempo. No segundo, Sornoza ampliou aos 12, e Vladimir Hernández, aos 42, fez o segundo do Santos, que lutou até o fim, mas não conseguiu o empate. – Não fomos bem defensivamente. Nos últimos 10 jogos, levamos só três gols. Hoje, levamos três num jogo só. E havia também o desgaste. Teve viagem para Belém (vitória sobre o Paysandu na Copa do Brasil, quarta-feira) e amanhã já viajamos novamente para a Bolívia – disse o lateral santista Victor Ferraz. O Fluminense também vinha de uma semana desgastante: o vice no Campeonato Carioca e a derrota para o Liverpool no Uruguai por 1 a 0, resultado que ainda lhe garantiu classificação na Copa Sul-Americana. O atacante Richarlison disse que a vitória sobre o Santos "foi importante para acabar com a tentativa da imprensa de colocar crise no clube". O Santos, apesar do desgaste, foi a campo com o que tinha de melhor. A exceção foi o zagueiro Cleber, poupado por conta de dores musculares. Dorival Júnior escalou o volante Yuri improvisado na zaga. E ele acabou falhando no primeiro gol de Henrique Dourado, que o antecipou com facilidade. Jean Mota foi outro que jogou fora de posição e teve atuação ruim. Improvisado na lateral esquerda, o meia cometeu pênalti que gerou o segundo gol de Henrique Dourado e pouco apareceu no ataque. Zeca e Caju, os dois laterais de origem, estão machucados, assim com o atacante Copete, outro que poderia atuar por aquele setor. O que vem por aí Os dois times têm compromissos difíceis na quarta-feira: o Fluminense encara o Grêmio, em Porto Alegre, pelas oitavas de final da Copa do Brasil (jogo de ida); já o Santos enfrenta o The Strongest, na altitude de La Paz, pela quinta rodada do Grupo 2 da Libertadores. Se vencer, o Peixe se classifica e garante a primeira colocação na chave. Se perder ou empatar, fica tudo para a última rodada, quando receberá o Sporting Cristal, do Peru. Pelo Brasileirão, o Santos volta a jogar no sábado, contra o Coritiba, na Vila Belmiro. Já o Fluminense encara o Atlético-MG, domingo, no Independência, em Belo Horizonte. O jogo no Maracanã No calor das 11h no Maracanã, o Fluminense começou a mil e o Santos parecia de ressaca. Foram três minutos de pressão tricolor. Só três minutos. Até que o placar fosse aberto: Léo fez bela jogada pela esquerda, com direito a drible da vaca sobre Victor Ferraz, e cruzou para que Henrique Dourado se antecipasse a Yuri e desviasse para o gol. Prêmio merecido para o único time que começou a jogar assim que o árbrito deu o apito inicial. Só depois do gol o Santos acordou. Jogadores como Ricardo Oliveira e Lucas Lima passaram a se movimentar, dando opção para os passes. O Fluminense, em vantagem e ciente da proposta de posse de bola do Santos, se fechou, esperando a chance de um contra-ataque na velocidade de Wellington Silva e Richarlison. Depois da parada técnica por conta do calor, aos 28, o Flu foi quem resolveu dormir em campo. O Peixe foi ganhando espaço. E chegou ao empate aos 38. Bruno Henrique cruzou da esquerda, e Victor Ferraz, livre, cabeceou sem chance para Diego Cavalieri. Na sequência, porém, o Fluminense ganhou um pênalti na malandragem de Henrique Dourado: o atacante deixou o pé no caminho de Jean Mota, esperando o contato, como definiu o comentarista Edinho, do canal Premiere. Na cobrança, o próprio Henrique Dourado, com estilo, jogando Vanderlei para um lado e batendo no outro, voltou a colocar o Flu em vantagem. No segundo tempo, o Santos começou melhor, pressionando em busca do empate. Ricardo Oliveira e Bruno Henrique tiveram chances. Mas o Flu, na primeira oportunidade que teve, ampliou, aos 12, Wendel fez linda jogada individual, completada com bela finalização de Sornoza. O Santos teve uma chance incrível aos 15, com duas bolas no travessão no mesmo lance – primeiro Ricardo Oliveira e depois Bruno Henrique. A pressão continuou forte até o fim, e Vladimir Hernandez, que havia entrado no lugar de Vitor Bueno, diminuiu aos 42. A reação parou por aí. Vitória do Fluminense: 3 a 2.