Chape segura o Avaí e é bi pela primeira vez na história

Chapecoense levanta o título de bicampeão

01 Chape segura o Avaí na Arena e é bi pela primeira vez na históriaO legado continua: Chape segura o Avaí na Arena e é bi pela primeira vez na história Menos de seis meses após acidente que vitimou a maioria dos campeões estaduais do ano passado, Verdão perde por 1 a 0, mas faz valer regulamento e leva o Catarinense pela sexta vez Por Cahê Mota Direto de Chapecó, SC Reconstrução rima com campeão. Foi sofrido, catimbado, nervoso até o apito final, mas a Chapecoense confirmou neste domingo o título do Campeonato Catarinense. Melhor em todos os quesitos na competição, o Verdão fez valer a vantagem e ficou com o troféu mesmo com a derrota por 1 a 0 para o Avaí, neste domingo, na Arena Condá. Leandro Silva marcou o gol do time de Florianópolis. Foram necessários menos de seis meses para a Chape se reinventar e conquistar o primeiro bicampeonato de sua história. Passado e presente unidos no título de campeões do estado. O duelo entre Chape e Avaí mais uma vez foi marcado por troca de empurrões, gritos e muita catimba. Sete cartões amarelos foram distribuídos, e por pouco não houve briga generalizada na reta final, quando Marquinhos acabou substituído. O camisa 10 do Leão e Moisés Ribeiro, por sinal, se estranharam todo o jogo. Dessa vez, porém, ninguém foi expulso. O torcedor da Chape lotou e por pouco não estabeleceu um novo recorde para Arena Condá. Com 19.141 presentes, o público ficou a 34 da marca histórica, atingida em duelo com o Grêmio, pelo Brasileirão de 2014. Com a sexta conquista, a Chape encurta a distância para os rivais catarinenses no ranking de títulos no estado. O Figueirense, com 17, segue como maior campeão da história, seguido de perto pelo Avaí, que estacionou nos 16. Joinville, 12, e Criciúma, 10, ainda têm vantagem sobre o Verdão. Com o troféu do estadual na bagagem, a Chapecoense embarca ainda neste domingo em busca de um novo título. A delegação segue em voo fretado para São Paulo, de onde viaja na manhã de segunda-feira para Medellín. Quarta, às 21h45 (de Brasília), o compromisso é com o Atlético Nacional, pela decisão da Recopa Sul-Americana. Com a vitória por 2 a 1 na Arena Condá, o Verdão joga pelo empate para erguer mais uma taça. Já o Avaí terá a semana livre e estreia no Brasileirão domingo, às 16h, na Ressacada, contra o Vitória. Quem entrou com uma formação mais defensiva, teve mais a bola e pouco criou. Quem entrou precisando pressionar, foi sufocado, mas teve as melhores chances e abriu o placar. O primeiro tempo na Arena Condá não contou muito com a lógica. Uma coisa, porém, foi fato: o Avaí soube lidar melhor com as condições apresentadas. Seguro na defesa, o time de Floripa conseguiu evitar que a Chapecoense colocasse Kozlinski para trabalhar, apesar de cercar a área e cruzar bolas de um lado para o outro. Já no ataque, foi fatal. Leandro Silva contou com falha de Artur Moraes para abrir o placar em chute cruzado e diminuir a vantagem verde, que só não foi por água abaixo ainda antes do intervalo porque Marquinhos abusou do preciosismo na frente do goleiro já nos acréscimos. O toquinho por cobertura tirou tinta da trave e deu ainda mais emoção a uma final completamente aberta. O panorama mudou pouco na volta do intervalo. A diferença é que o Avaí, sem outra opção, se expunha mais. As jogadas pelo lado direito de ataque quase sempre surtiam efeito com Leandro Silva, e a defesa da Chape parecia perdida no posicionamento. Tanto que Rômulo recebeu livre no segundo pau para emendar de primeira e obrigar Artur a fazer grande defesa. O duelo se repetiria minutos depois, e novamente com o goleiro verde levando a melhor. A Chape, por sua vez, mal conseguia respirar. Vagner Mancini trocou peças e esquema: saíram Nathan e Wellington Paulista, entraram Apodi e Tulio de Melo. Pouco para o Verdão chegar ao empate, mas suficiente para segurar a pressão do Leão e garantir o título. A Chape é bi pela primeira vez.