PF abre inquérito para investigar Eduardo Antonini dentro da Lava Jato
Investigação pela PF vai apurar suposto recebimento de R$ 500 mil pelo dirigente.
Ele nega e diz que está à disposição da Justiça para esclarecimentos. Do G1 RS Antonini foi um dos idealizadores do novo estádio gremista (Foto: Lucas Uebel/Divulgação Grêmio) O conselheiro do Grêmio e ex-presidente da Grêmio Empreendimentos Eduardo Antonini será investigado dentro da Operação Lava Jato. A pedido do Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal (PF) abriu inquérito para apurar o suposto pagamento de uma alta quantia ao engenheiro por intermédio do doleiro Alberto Youssef, preso na primeira fase da operação. Segundo a Procuradoria da República no Paraná, Youssef e outro investigado na Lava Jato disseram em dois depoimentos que R$ 500 mil em dinheiro foram entregues na casa de Antonini, no bairro Três Figueiras, em Porto Alegre. Esse suposto pagamento será apurado na investigação, diz o MPF. Em março de 2014, durante a primeira fase da Lava Jato, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de Antonini. Nenhum dinheiro foi encontrado. À época, ele negou o recebimento do valor e qualquer envolvimento com o doleiro. Interceptações telefônicas feitas pela PF antes da operação indicaram que Yoyssef teria mandado entregar a quantia ao dirigente por determinação da OAS, empreiteira responsável pela construção da Arena gremista e uma das investigadas no escândalo de corrupção. Antonini foi um dos principais idealizadores do novo estádio gremista. Procurado pela reportagem, Antonini disse que ele e seu advogado ainda não têm conhecimento de novas investigações e que nunca teve qualquer envolvimento com o doleiro. "Ano passado teve um inquérito na primeira fase, fizeram buscas na minha casa e não encontraram nada. Prestei todos os esclarecimentos para a Polícia Federal. Estou à disposição da Justiça", afirmou.
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