Elea Mercurio, de 'O rebu', comenta cenas de nudez: 'Faço numa boa'

Elea Mercurio, que vive a chef pâtissière Ludmila na novela “O rebu”, comemora sua melhor fase na TV. A atriz - que já comandou um programa na MTV e fez participações em outras novelas - afirma que participar de um remake é o sonho de qualquer artista. A bela paulista, que vem seduzindo o público com cenas para lá de sensuais na novela das onze, conversou com o EGO durante um ensaio de moda.

“É uma emoção muito forte e um desafio enorme contracenar com grandes artistas. No fundo, qualquer um fica morrendo de medo, porque sabe que eles dominam muito bem aquilo. Mas, ao mesmo tempo é sensacional, um verdadeiro presente. Tem atores que são extremamente generosos dentro e fora de cena. Isso é inspirador. Afinal, não se faz uma novela sem o elenco estrelar e sem os figurantes”, diz a morena, que logo nos primeiros capítulos estrelou uma das cenas mais quentes da trama ao lado do ator Jean Pierre Noher, que vive o chef Pierre.

Gravar cenas de sexo ou sem roupas não é problema algum para a atriz. “É como fazer uma cena com roupa. Não tenho problema com isso. Para mim, foi muito tranquilo. Ensaiamos antes e na hora do 'vamos ver' ficaram poucas pessoas no estúdio. Os monitores foram desligados e o diretor José Villamarim foi muito cuidadoso, já que era uma cena intensa”, detalha ela, que teve aprovação total de amigos e familiares. “Meus pais já tinham visto coisas parecidas no teatro. Não foi um choque para eles”, diverte-se a paulista.

Apesar da nudez e da sensualidade na TV,  Elea garante que jamais posaria sem roupa para revistas masculinas. “Não é para mim e não tem nada a ver comigo. Se for para fazer uma cena nua, eu faço numa boa. Mas posar, eu não topo. Não tenho nada contra quem faz, mas, às vezes, ser mulher já é tão objeto, né? Acho que dá para apreciar a beleza feminina de outro jeito”, avalia ela.

Vida real X ficção
Se na novela a personagem de Elea Mercurio usa a sedução como arma para conquistar o patrão mais velho, em relação à sua vida pessoal a atriz desconversa sobre o assunto. “Se eu me apaixonar por uma pessoa mais nova ou mais velha, vou tentar do mesmo jeito. Não tem que ter regra. Acho que todas as possiblidades existem”. Em relação à trama, Elea também despista: a atriz não confirma - mas também não nega - que sua personagem possa estar envolvida na morte do namorado, o chef Pierre, por causa de ciúmes.

Com 1,73 m de altura e 57 kg, Elea lembra o começo da carreira. Aos 13 anos, ela foi até a uma agência de modelos e, ao escutar de um produtor que era necessário perder oito quilos, acabou deixando as passarelas de lado. Entrou para dança e aos 16 anos conheceu o mundo do teatro. “Meus pais não tinham o costume de ir ao teatro e eu só fui a primeira vez aos 16 anos. Fiquei apaixonada por esse universo. Assisti à mesma peça mais de seis vezes e sempre que dava ia assistir a novas montagens. Fiz cursos livres e fiquei anos no teatro amador e infantil. Aprendi muito”, conta Elea.

Adeus à matemática
Filha de uma ex-bailarina e de um antiquário, Elea lembra que não recebeu apoio da família no começo da carreira. “Minha família é suburbana e não acreditava que era possível viver da arte. Não apoiavam em nada a minha escolha. Eles sempre pensaram muito no futuro e achavam arriscado demais não ter uma formação tradicional. Como sempre tive uma relação muito boa com a matemática, meus pais acreditavam que eu fosse seguir a Arquitetura ou  Engenharia (risos)”, conta ela, que se formou em fotografia e no futuro não dispensa a possibilidade de abrir uma escola de artes para crianças.

Por outro lado, Elea admite que viver de artes realmente não é nada fácil. “Nunca é fácil conseguir papéis nas TV. É um terreno de incertezas, e a sensação é como andar em uma corda bamba”, diz a atriz, que após a novela levará a peça “A Garagem” para São Paulo e ainda se prepara para rodar um longa-metragem.

Cristiane Rodriguesdo EGO, no Rio