Preços médios da gasolina e do etanol caem pela 4ª semana seguida nos postos, mostra ANP

Petrobras poderá reajustar os preços dos combustíveis no país em caso de oscilação para cima no mercado externo.

Preço médio da gasolina sobe mais de 5% e vai a R$ 5,67 nos postos. — Foto: Reuters

Pesquisa é referente à semana de 30 de julho a 5 de agosto. Calculadora do g1 te ajuda a escolher a opção mais vantajosa na hora de abastecer.

Por André Catto, g1

Os preços médios da gasolina e do etanol caíram pela 4ª semana seguida nos postos de combustíveis do país. É o que mostram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgados nesta sexta-feira (4). A pesquisa é referente à semana de 30 de julho a 5 de agosto.

Veja mais abaixo, na calculadora do g1, qual a opção mais vantajosa na hora de abastecer.

▶️ Gasolina: O combustível foi comercializado, em média, a R$ 5,52.

O valor representa uma queda de 0,54% frente aos R$ 5,55 da semana anterior, segundo os dados da ANP.

O preço máximo do combustível encontrado nos postos foi de R$ 7,30.

▶️ Etanol: O preço médio do etanol, por sua vez, caiu para R$ 3,62 na última semana.

O recuo foi de 1,63% em relação aos R$ 3,68 da semana anterior.

O preço mais alto identificado pela ANP foi de R$ 6,73.

▶️ Diesel: Já o litro do diesel voltou a subir após 25 semanas e foi encontrado nos postos, em média, a R$ 4,94.

A alta foi de 0,41% frente aos R$ 4,92 da semana anterior.

O valor mais caro encontrado pela agência na semana foi de R$ 7,19.

Calculadora do g1

Confira qual combustível vale mais a pena:

Como funciona a calculadora?

O cálculo médio é feito a partir do preço e do rendimento de cada combustível. Com a oscilação dos valores da gasolina e do etanol nos postos, a opção mais vantajosa pode variar.

Segundo especialistas, o etanol vale mais a pena quando está custando até 70% do preço da gasolina. Entenda o cálculo.

Redução nos combustíveis

A Petrobras anunciou no dia 30 de junho uma nova redução no preço da gasolina para as distribuidoras. A medida passou a valer no dia seguinte.

O litro do combustível foi de R$ 2,65 para R$ 2,52, uma redução de aproximadamente R$ 0,14 o litro, ou 5,3%.

Até então, a última redução da gasolina havia sido anunciada pela Petrobras no dia 15 de junho. Já o último corte no custo do diesel aconteceu no dia 16 de maio.

Vale lembrar que os preços praticados pelos postos de combustíveis levam em conta, além dos impostos, o lucro das distribuidoras e de revendedoras.

Volta de impostos

No fim de junho, o governo federal também elevou tributos federais sobre gasolina e etanol. O aumento na tributação foi, na prática, de R$ 0,34 por litro para a gasolina e de R$ 0,22 por litro de etanol, segundo informações da Abicom.

ICMS sobre gasolina

Passou a valer em 1º de junho a alteração no formato de cobrança do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre a gasolina nos estados brasileiros.

A mudança estabeleceu a cobrança do tributo estadual com uma alíquota fixa (em reais) de R$ 1,22 por litro. O valor é válido para todos os estados.

Desde então, o preço do combustível nos postos avançou de R$ 5,21, na semana de 28 de maio a 3 de junho, para os atuais R$ 5,52 — uma alta de 5,95%.

Mudança na política de preços

No dia 16 de maio, a Petrobras anunciou uma mudança na sua política de preços. Desde então, a estatal não obedece mais à política de paridade internacional (PPI), que reajustava o preço dos combustíveis com base nas variações do dólar e da cotação do petróleo no exterior.

Agora, a empresa levará dois pontos como referência para a determinação dos seus preços:

o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação;

o valor marginal para a Petrobras.

'Limite do preço'

Nesta sexta, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que a Petrobras informou estar "no limite do preço marginal" e que a petroleira deve reajustar os preços dos combustíveis no país em caso de oscilação para cima no mercado externo.

A declaração foi feita durante entrevista ao "Em Ponto", da GloboNews.

"Eles disseram, de forma explícita, que estavam no limite do preço marginal e que, se houvesse alguma oscilação para cima a partir de agora, que eles fariam o repasse ao preço dos combustíveis e seus derivados", afirmou Alexandre Silveira.

Na entrevista, o ministro também negou que haja intervenção do governo na definição de políticas para a Petrobras.

"Não há intervenção na Petrobras e os diretores respondem no seu CPF pela política de preços, que não pode dar prejuízo aos investidores que acreditam na Petrobras, muito menos ao governo brasileiro, e ao povo brasileiro que são seus acionistas", disse.

https://g1.globo.com/economia/noticia/2023/08/04/precos-medios-da-gasolina-e-do-etanol-caem-pela-4a-semana-seguida-nos-postos-mostra-anp.ghtml