Dólar tem maior queda diária desde o fim de dezembro, com alívio em receios político-fiscais

Nesta quarta-feira (19), moeda norte-americana recuou 1,70%, a R$ 5,4654.

Por g1

Imagem ilustração via google

O dólar fechou em queda de 1,70%, cotado a R$ 5,4654, nesta quarta-feira (19), a maior queda desde o fim de dezembro, com o real liderando os ganhos entre as principais moedas globais em meio a um rali nas commodities, correção para baixo do dólar no mundo e algum alívio em receios político-fiscais domésticos.

É o menor patamar para um encerramento desde 12 de novembro do ano passado (R$ 5,4569) e a maior baixa percentual diária desde o último 30 de dezembro (-2,11%).

Com o resultado, a moeda norte-americana passou a acumular queda de 1,96% na parcial do mês e do ano.

Cenário

Investidores continuaram atentos a preocupações domésticas, de acordo com a Reuters, com destaque para reivindicações de servidores públicos, que participaram de manifestações em Brasília na terça-feira para exigir reajustes salariais.

"Não existem recursos no Orçamento para a concessão de aumento generalizado dos salários do funcionalismo sem que o teto do gasto seja novamente desrespeitado", disseram em nota analistas da Genial Investimentos.

"Este é o primeiro teste importante quanto à disposição do governo de manter o processo de consolidação fiscal em 2022, que será fundamental para reconquistar a credibilidade do regime fiscal."

No ano passado, a confiança dos investidores na saúde das contas públicas foi chacoalhada pela promulgação da PEC dos Precatórios, que alterou a regra do teto de gastos para permitir mais despesas do governo.

O Banco Central fez nesta sessão leilão de até 17 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de março de 2022.

https://g1.globo.com/economia/noticia/2022/01/19/dolar.ghtml