Geadas em plantações de cana no Brasil impulsionam alta global no preço do açúcar
A principal alta foi registrada no Índice de Preço do Açúcar, que subiu 9,6% em agosto, na comparação com julho.
Por Redação, do Um Só Planeta
Luis Ascui / Getty Images
Produto subiu 9,6% em agosto devido a preocupações com danos causados pelo frio, associado ainda à desvalorização do Real e alta do preço global das principais commodities alimentares
O Índice de Preço dos Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que leva em conta as principais commodities alimentares, marcou 127.4 pontos em agosto, uma alta de 3,1% em relação a julho e quase 33% acima do valor registrado em agosto de 2020. A principal alta foi registrada no Índice de Preço do Açúcar, que subiu 9,6% em agosto, na comparação com julho.
Segundo a FAO, o que impulsionou a alta foram as preocupações com os danos causados pelas geadas em plantações de cana do Brasil, que é o maior exportador mundial de açúcar. A agência explica ainda que houve perspectivas de boa produção na Índia e na União Europeia, além de queda no preço do petróleo bruto e desvalorização do Real brasileiro.
Por outro lado, melhores produções de milho na Argentina e na União Europeia equilibraram as baixas nas colheitas no Brasil e nos Estados Unidos e o preço global do milho teve queda de 0,9%.
A FAO prevê que a produção global de cereais para este ano seja de 2,7 bilhões de toneladas, uma pequena alta de 0,7% em relação ao ano passado.
A agência também divulgou que o Índice de Preço das Carnes subiu ligeiramente em agosto, graças ao aumentos das compras de carne de vaca e de ovelha por parte da China. Já o preço global dos laticínios teve pequena queda devido à menor demanda de importação de leite em pó.
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