Varejo amarga pior Natal no País desde 2016, apontam associações

Para driblar o baixo índice de vendas no período natalino, alguns varejistas já adotaram a temporada de descontos de até 80%

Legenda: Varejo tem pior desempenho no Ntal desde 2016 - Foto: José Leomar

Escrito por Redação

Desempenho é resultado da redução do valor do auxílio emergencial e do fechamento do comércio devido ao aumento de casos da Covid-19

O varejo registrou o pior desempenho no Natal desde 2016, projetam as associações varejistas. Nesse intervalo, o volume de vendas recuou 6,2%, respectivamente, enquanto em 2020, o comércio teve saldo positivo de 0,9%, abaixo do verificado em anos anteriores.

As vendas nas lojas físicas e no comércio eletrônico caíram 1,8% no período de 19 a 25 de dezembro em relação ao mesmo intervalo de 2019, conforme aponta o índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). Já no varejo online, o qual corresponde a cerca de 10% do varejo total, a alta foi de 15,5% sobre 2019.

Para driblar o baixo índice de vendas no período natalino, alguns varejistas já adotaram a temporada de descontos de até 80%. 

O fraco desempenho é reflexo do encolhimento do auxílio emergencial e de um período de fechamento de lojas e comércios em alguns municípios por conta do aumento dos casos da Covid-19.

Moda 

Os setores mais afetados com o recuo do varejo são  moda e calçados (25% a 28%, respectivamente), estima associação de lojistas de médio e pequeno portes que operam em shopping centers (Ablos). No setor dos serviços, como cabeleireiro e manicure, a previsão é de que a queda varie entre 30% a 35%. 

Apenas dois segmentos apresentam projeção de alta: artigos para lar (12% a 15%) e joalheria (5% a 6%). 

Apesar do cenário projetado pelas associações, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) estima avanço de 3,4% nas vendas natalinas, chegando a R$38,1 bilhões.

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