Petrobras e Equinor estudam eólicas offshore no Ceará e mais 5 estados
Vale destacar, que a fase é de estudos e a alocação de investimentos depende de análises aprofundadas para avaliar sua viabilidade
Autor Armando de Oliveira Lima
Litoral do Ceará é uma das áreas sob a mira da Petrobras e da Equinor para um parque offshore(foto: FCO FONTENELE)
Investimento vai depender dos resultados obtidos pelas empresas, segundo informa o presidente da companhia, Jean Paul Prates
A Petrobras e a Equinor confirmaram que estudam a instalação de parques eólicos offshore (instalados no mar) nos litorais do Ceará, Espírito Santo, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Somados, os projetos somam potencial de geração de 14,5 gigawatts. Em comunicado, as empresas informaram que assinaram uma carta de intenções "que amplia a cooperação entre as empresas para avaliar a viabilidade técnico-econômica e ambiental de sete projetos."
Ibitucatu é o nome do parque em análise para o litoral cearense e é resultado de uma parceria firmada entre a Petrobras e a Equinor ainda em 2018, a qual previa apenas os dois parques Aracatu I e II (localizados na fronteira litorânea entre os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo).
Os demais parques são Mangara (na costa do Piauí); Colibri (fronteira litorânea entre o Rio Grande do Norte e Ceará), além de Atobá e Ibituassu (ambos na costa do Rio Grande do Sul). O total de sete projetos tem prazo de vigência até 2028.
Investimento sob viabilidade
"Vale destacar, porém, que a fase é de estudos e a alocação de investimentos depende de análises aprofundadas para avaliar sua viabilidade, além de avanços regulatórios que permitirão os processos de autorização para as atividades, a ser feita pela União”, observou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
No mesmo comunicado, a Petrobras considera que a diversificação da atuação para mais mercados deve colaborar e acelerar a transição energética brasileira. A "ambição" de neutralizar as emissões nas atividades sob seu controle até 2050 foi reiterada. "No Plano Estratégico da Petrobras para o período de 2023 a 2027, a eólica offshore é um dos segmentos priorizados para estudos aprofundados", acrescenta o texto.
A companhia informa ainda que "segue mapeando oportunidades e desenvolvendo projetos de desenvolvimento tecnológico nesse segmento, como os testes da Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore (conhecida como Bravo), em parceria com os SENAIs do Rio Grande do Norte (RN) e Santa Catarina (SC)."
Parceria
No Brasil desde 2001, a subsidiária brasileira da norueguesa Equinor atua com petróleo e gás com licenças em desenvolvimento e em produção como Bacalhau, na Bacia de Santos, e Peregrino, na Bacia de Campos.
Já em renováveis, a empresas tem a Apodi (162 MW), operada pela Scatec, e foram iniciadas as obras do projeto solar Mendubim (531 MW), realizado em parceria com a Scatec e a Hydro Rein e previsto para entrar em produção em 2024.
Com a Petrobras, a Equinor inicia os primeiros estudos para geração de energia eólica em torres instaladas no litoral brasileiro, onde "as principais vantagens são a elevada velocidade e estabilidade dos ventos em alto-mar, livres de interferência de barreiras como rugosidade do solo, florestas, montanhas e construções, por exemplo."
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