Acusada de matar filho com sorvete envenenado no CE depõe à Justiça
Onze testemunhas também vão depor, entre elas o amante da acusada.
Cristiane Coelho presta depoimento à Justiça pela primeira vez (Foto: Patrícia Nielsen/TV Verdes Mares) Cristiane Coelho é acusada de matar o filho e tentar matar o ex-marido. Do G1 CE Cristine Coelho, suspeita de matar o filho com sorvete envenenado e tentar matar o ex-marido, depõe na Justiça pela primeira vez nesta quarta-feira (17), no Fórum Clóvis Beviláqua. Outras 11 testemunhas do caso também são ouvidas. Entre as testemunhas estão três peritos, vizinhos do casal, o irmão de Cristiane Coelho, o ex-marido Francileudo Bezerra e o amante da acusada, Edilson Barros, que mora no Recife. A Justiça do Ceará autorizou que Edilson seja ouvido por um juiz de Pernambuco, que enviará o depoimento à Justiça cearense. Cristiane Coelho está presa desde 9 de maio no presídio feminino Auri Moura Costa. A defesa dele nega participação no crime. “Ela não tem participação de qualquer coisa de que esteja sendo acusada", diz o advogado Paulo Quezado. A partir dos depoimentos das 11 testemunhas, que serão realizados individualmente, a juíza Daniela Rocha vai definir se Cristiane Coelho vai definir se Cristiane Coelho vai a júri popular ou não. A juíza tem um prazo de 10 dias para tomar a decisão. Cristiane Coelho foi indiciada no dia 27 de abril por tentativa de homicídio triplamente qualificado contra o então marido, o subtenente do Exército Francileudo Bezerra e por homicído triplamente qualificado do filho. Com a decisão, Cristiane passou à condição de ré em ação penal. Entre os agravantes dos crimes estão motivo torpe, com emprego de veneno, com recurso que torna impossível a defesa, além da vítima ser criança e filho de Cristiane. Se condenada, Cristiane Coelho pode pegar até 30 anos de prisão. Crime Na madrugada de 11 de novembro de 2014, o subtenente do Exército Francileudo Bezerra e seu filho Lewdo Bezerra ingeriram veneno para rato conhecido como "chumbinho". A substância foi encontrada no sifão da pia da cozinha da casa do casal. O pai ficou internado durante 32 dias no Hospital Geral do Exército, em Fortaleza, dos quais em coma por uma semana, e se recuperou. O militar chegou a ser apontado como suspeito de homicídio, porque no primeiro depoimento a mulher, Cristiane, contou à polícia que ele tinha matado o filho com tranquilizantes e tentado se matar, além de agredi-la. "A Cristiane, que dizia ter sido espancada pelo marido, matou o filho envenenado fazendo uso de sorvete de morango. Não há mais dúvida", afirmou o delegado Wilder Brito, presidente do inquérito.
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