Moradora conta que atendeu fugitivo Lázaro Barbosa em padaria de Cocalzinho de Goiás; vídeo

A mulher de 32 anos disse que não tem dúvidas de que viu o criminoso e ficou apavorada.

Moradora que preferiu não ser identificada conta que atendeu fugitivo Lázaro Barbosa em padaria de Cocalzinho de Goiás (Foto:Danielle Oliveira/G1 GO)

Por Danielle Oliveira e Vanessa Martins, G1 GO — Cocalzinho de Goiás

Apavorada com a situação, atendente diz que homem saiu correndo ao notar que ela o reconheceu; SSP apura a denúncia. Ele é suspeito de matar uma família em Ceilândia.

Uma moradora de Cocalzinho de Goiás, que preferiu não ter a identidade divulgada, contou que atendeu Lázaro Barbosa - que está há 18 dias fugindo de força-tarefa policial - na padaria em que trabalha. A mulher de 32 anos disse que não tem dúvidas de que viu o criminoso e ficou apavorada.

"Foi muito rápido e ele estava nervoso. Ele está bem diferente, está mais magro, está mais moreno, o cabelo está um pouco grande e 'lambido' para trás", disse.

A Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) informou à TV Anhanguera que todas as denúncias são checadas, não descarta a possibilidade, mas que não acredita que Lázaro tenha ido à cidade, que a maior probabilidade é de que ele esteja na mata no cerco montado pelos policias.

A mulher disse que se recorda do que ele estava vestindo: "Blusa de frio, azul escuro ou verde escuro. Calça jeans cinza e sapato social, só que cheio de poeira e o cabelo como se tivesse acabado de tomar um banho", completou.

"Ele chegou e falou muito baixo: 'Quanto é o salgadinho?'. Aí eu falei: 'Só um minutinho'. Eu olhei para trás [para a patroa] e falei: 'Nega, quanto que é o salgadinho?'. Quando ela olhou, já afastou e percebeu que era ele [Lázaro]", contou.

A moradora disse que tentou ganhar tempo para a dona da padaria chamar a polícia, mas que o homem percebeu e saiu. "Ela [dona da padaria] falou: 'É um real'. Aí eu falei: 'Não, mas esse não é um real não, é?’. Estava tentando segurar ele para ela chamar a polícia".

"Quando ela pegou o celular no balcão, ele já tinha ido embora. Quando eu vi, ele estava do outro lado da rua com mochila nas costas e celular na mão", completou.

Dona da padaria, Rosimeire Lopes Ferreira Costa contou que viu a funcionária apavorada após começar a atender um cliente.

“Eu percebi o nervosismo dela, pálida. Quando eu saí, ele viu o desespero dela, jogou [os saquinhos de salgadinhos] e saiu”, contou.

Agentes que buscam por Lázaro continuam concentrados em escola de Cocalzinho de Goiás

Rosimeire disse que a atendente ficou tão assustada que achou que ela pudesse precisar de atendimento médico.

“Minha amiga, achei que tinha que levar ela ao hospital. Ela estava passando muito mal”, recordou.

Lázaro é suspeito de matar uma família de quatro pessoas em Ceilânia (DF) e, segundo a SSP-GO, de outros sete crimes. 

No total, são mais de 270 policiais envolvidos nas buscas há 18 dias, além de helicópteros e cães farejadores. Os profissionais enfrentam, entre várias dificuldades do trabalho, ataques de dezenas de carrapatos por terem que fazer buscas no meio da mata.

A força-tarefa para capturar Lázaro Barbosa já dura 18 dias. Este sábado começou sem o cerco que era mantido em região de chácaras em Girassol, distrito de Cocalzinho de Goiás, e durou mais de 30 horas. Novo bloqueio foi feito por volta das 8h30 na mesma estrada de terra.

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