Delegados federais são presos em São Paulo por fraudes contra a Previdência
Três delegados federais estão entre os 13 presos
[caption id="attachment_129475" align="alignleft" width="300"] A apuração do caso começou em agosto do ano passado, após a PF ter sido informada sobre o pagamento de propinas a delegados[/caption] Eles serão indiciados e responderão por crimes de corrupção ativa e corrupção passiva por Agência Brasil Treze presos, entre eles três delegados federais acusados de envolvimento em crimes contra a Previdência Social, serão ouvidos nesta sexta-feira (15), no Fórum Criminal Federal de São Paulo. Eles foram detidos na quinta-feira (14) durante a Operação Inversão, da Polícia Federal (PF), em que, além das prisões, os agentes cumpriram 23 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de condução coercitiva. Como parte da ação de combate à corrupção, a Polícia Federal pediu o afastamento de um policial das atividades na 9ª Vara Criminal Federal de São Paulo. De acordo com a PF, os investigados serão indiciados e responderão, na medida de suas participações, por crimes de corrupção ativa e corrupção passiva. A apuração do caso começou em agosto do ano passado, após a PF ter sido informada sobre o pagamento de propinas a delegados - lotados na Delegacia de Crimes Previdenciários (Deleprev), da Superintendência da Polícia Federal - que se comprometiam a interromper as investigações sobre fraudes em várias agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) envolvendo valores que atingiam R$ 50 mil por dia. Segundo o Ministério Público Federal, em um dos casos, o dono de uma consultoria, Marivaldo Bispo dos Reis, o Miro, que está entre os detidos, teria pago aos policiais de R$ 500 a R$ 800 mil. Quatro pessoas ligadas a ele também foram intimadas a prestar esclarecimentos. Um dos policiais acusados é o ex-chefe da Deleprev, Ulisses Francisco Vieira Mendes, atualmente, aposentado. Os outros dois delegados da mesma unidade são: Rodrigo Cláudio de Gouvea Leão e Carlos Bastos Valbão. Foram presos também os intermediários Moisés Dias Morgado, Dorival Donizete Correa, Maria Lúcia Ribeiro, José Carlos da Rocha e Manoel Carlos da Silva. Um dos nomes com pedido de prisão é o advogado de Miro, Cláudio Ademir Mariano, que está foragido.
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