Ministros do Supremo cogitaram possível fuga de Eder Moraes

Rosa Weber e Marco Aurelio lançaram dúvidas sobre a conduta de ex-secretário, mas foram vencidos

STF/MidiaNews  A ministra Rosa Weber e o ministro Marco Aurélio, que não acreditaram na versão de Eder A conduta do ex-secretário de Estado Eder Moraes após ser liberado da prisão, durante a 5ª fase da Operação Ararath, levantou fortes suspeitas por parte do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a possibilidade de o político ter planejado fugir do país. O caso foi amplamente debatido pela 1ª Turma do STF, em junho do ano passado, em sede de recurso em um inquérito que tramita em sigilo na Suprema Corte, ao qual o MidiaJurteve acesso. A polêmica teve início após Eder Moraes e o ex-deputado José Riva terem sido presos preventivamente pela Polícia Federal, no dia 20 de maio de 2014, e encaminhados ao Presídio da Papuda, em Brasília (DF) No dia 29 de maio, o ministro Dias Toffoli concedeu liberdade provisória ao ex-secretário. O benefício impunha diversas condições a Eder Moraes, entre elas o de não manter qualquer tipo de contato com os investigados na operação, incluindo sua própria esposa, Laura Tereza Dias. Com a decisão favorável, Eder Moraes saiu da prisão na madrugada do dia 30 de maio e se hospedou no Hotel Royal Tulip, em Brasília. Saída indevida Apesar da concessão da liberdade, Eder Moraes deveria ter permanecido na Papuda, uma vez que ainda vigorava outro mandado de prisão contra ele, expedido pela Justiça Federal de Mato Grosso.