Gate retira 'bomba' deixada nas pernas de vigilante em Campinas
Família do funcionário chegou a ser rendida, segundo a PM.
O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar retirou, por volta das 11h30, o objeto que ficou preso à perna de um funcionário de uma empresa de segurança após uma ação criminosa. O carro-forte em que ele estava foi alvo do ataque de uma quadrilha na manhã desta sexta-feira (7).
Depois de retirado, o objeto foi detonado pelo Gate. A polícia informou, após a retirada, que não se tratava de uma bomba -- era um objeto feito de PVC, alumínio e areia. Um celular também estava preso à falsa bomba.
Nesta manhã, o funcionário da empresa de segurança foi trabalhar com o objeto sem contar para os demais seguranças já que foi ameaçado. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Serviços de Carro Forte (Sindforte), que representa a categoria, a família do supervisor que estava com a 'bomba 'presa ao corpo foi mantida refém em outro local desde a noite de quinta-feira (5), mas foi libertada durante a manhã em uma estrada do Jardim Satélite Íris.
Ataque
Na alça de acesso da Anhanguera para o Anel Viário Prefeito Magalhães Teixeira, seis assaltantes usaram dois caminhões para bloquear o trânsito, incendiando-os. Tiros foram disparados e três seguranças ficaram feridos. Eles foram atendidos no pronto-socorro do bairro São José com ferimentos leves.
Os ladrões fugiram pelo anel viário para a Rodovia Dom Pedro I sem levar o dinheiro. O helicóptero da PM foi usado nas buscas pelos criminosos.
Durante a ação do Gate, a alça de acesso da Rodovia Anhanguera para o anel viário ficou interditado. Houve congestionamento, mas o tráfego foi liberado antes das 11h.
Mulher e filho reféns
A mulher e o filho de 5 anos do vigilante que teve o artefato amarrado ao corpo ficaram reféns dos bandidos por cerca de 11 horas, até serem liberados na manh desta sexta-feira. Segundo a Polícia Civil, o vigilante foi rendido quando voltava para casa, por volta das 23h30, no trevo que dá acesso ao Aeroporto de Viracopos, na Rodovia Santos Dumont. Ele foi levado para a casa, no Jardim Marisa, onde estavam a mulher e o filho. Todos ficarm na mira dos bandidos até o início da manhã.
Ainda segundo a polícia, além do explosivo preso ao corpo, o vigilante foi para o trabalho com outra bomba no porta-malas do carro. Os bandidos seguiram em outro veículo. Enquanto isso, a família da vítima foi levada, encapuzada, para um cativeiro em outro bairro.
Após o desfecho do crime pela manhã e a libertação da família, a mulher e o filho do vigilante foram para a DIG prestar depoimento, onde permaneciam por volta das 13h50. as 11h.
Investigações
O crime será investigado pela Delegacia de Investigações Gerais de Campinas (DIG) e pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de São Paulo, já que um crime semelhante aconteceu na capital no dia 29 de junho.
De acordo com a Polícia Militar, o motorista do carro-forte contou que criminosos informaram ter sequestrado sua família no dia 29 de junho e que ele deveria colaborar com o grupo. Ele conta ter levado o carro até o local indicado pelos criminosos e acabou tento explosivos amarrados a sua perna. Os assaltantes tentaram arrombar o carro-forte com um maçarico, mas não conseguiram.
Ainda segundo a PM, o grupo conseguiu fugir antes da chegada das equipes policiais, do Gate e do Corpo de Bombeiros. O artefato explosivo foi desativado e o motorista foi encaminhado ao Pronto-Socorro do Mandaqui, pois estava com intoxicação por causa da fumaça provocada pelo maçarico.
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