Por Barbara Mannara, para o TechTudo

Linha Galaxy S23 Thássius Veloso/TechTudo

iPhone 14, da Apple, tem recurso de contato via satélite em caso emergência, enquanto a Samsung não viu vantagens em investir na funcionalidade para o Galaxy S23.

A Samsung não incluiu a conectividade por satélite em sua linha Galaxy S23, apresentada durante o Samsung Unpacked na última quarta-feira (1). Embora a fabricante reconheça o interesse e a promessa da tecnologia, por enquantoo rival iPhone 14, da Apple, sai na frente. O recurso permite que os usuários entrem em contato com serviços de emergência em locais remotos, quando não há sinal de celular. A empresa sul-coreana ainda acha cedo para adotar a funcionalidade, já que considera a tecnologia de satélite atual limitada.

Os três novos smartphones top de linha da Samsung, o Galaxy S23 , o Galaxy S23 Plus e o Galaxy S23 Ultra, foram lançados no Brasil com preços que vão desde R$ 5.999 até R$ 9.499, na versão mais robusta. Pela primeira vez, os modelos chegaram para venda no Brasil em paralelo com outros países, após o anúncio global. Os três celulares oferecem processadores mais rápidos e câmeras avançadas. Mas a comunicação via satélite ficou de fora.

No iPhone 14, a conectividade especial entra em ação caso o usuário tente ligar para um número socorrista (como o 911, nos Estados Unidos) e esteja sem sinal de celular. Ele solicita algumas respostas por meio de mensagens de texto específicas, e essas informações serão utilizadas em caso de resgate. O recurso está disponível, por enquanto, nos Estados Unidos, no Canadá e em algumas regiões da Europa.

Vale lembrar que a Qualcomm seguiu a tendência e apresentou seu Snapdragon Satellite, que permite que as pessoas enviem mensagens de texto em cenários extremos. A novidade foi apresentada durante a CES, feira de tecnologia realizada em janeiro. A ideia da companhia é expandir para permitir o envio de recados via satélite para fins recreativos — para amigos ou parentes — mesmo que não se esteja em uma emergência.

No entanto, TM Roh, presidente de experiência móvel da Samsung, rema contra a maré. Ele afirmou que a empresa resolveu focar os esforços em outras áreas para aumentar a segurança dos usuários, como, por exemplo, melhorar os sensores e ampliar a cobertura 5G. "Quando houver o momento certo, e a infraestrutura para a tecnologia estiver pronta, é claro que a Samsung Galaxy também considerará ativamente a adoção do recurso", completou Roh.