Ministro da Saúde anuncia medidas para acelerar processos contra planos

Padilha anunciou também a contratação de 200 servidores para mutirão.

Priscilla SouzaDo G1 Rio

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta quinta-feira (21), no Rio de Janeiro, duas novas medidas para acelerar processos de consumidores contra planos de saúde.

Até julho, os processos passarão a ser analisados pela Agencia Nacional de Saúde Suplementar (ANS) coletivamente, reunidos por tema e por operadora. Atualmente, essa análise acontece caso a caso, o que torna o tempo de trâmite demorado. "Há processos que estão correndo há cinco anos", disse o ministro.

As multas serão aplicadas conforme a gravidade e a partir do conjunto de reclamações, o que deve dar maior rigor às punições.

Concurso para 200 servidores
A segunda medida será a contratação, por meio de concurso, de 200 servidores temporários para a ANS, que farão parte de um mutirão para análise dos processos em andamento.

O ministro Alexandre Padilha afirmou ainda que a mediação de conflito, iniciada em 2012, será intensificada porque, segundo ele, esse é o caminho mais rápido para solucionar impasses entre as operadoras de planos de saúde e os consumidores.

"O ideal é que não haja processo. Em 2012, 78% das queixas dos beneficiários foram resolvidas pela mediação de conflitos sem a necessidade de abertura de processo", frisou o ministro.

De acordo com a ANS, das 75.916 reclamações de consumidores recebidas em 2012, 75,7% são referentes a negativas de cobertura pelos planos de saúde.

Na tentativa de reduzir esse número, a partir do dia 7 de maio as operadoras de plano de saúde estão obrigadas a justificar no prazo de 48 horas o  motivo de ter negado autorização para algum procedimento médico, sempre que o usuário solicitar. A operadora que não cumprir a determinação terá de pagar multa de R$ 30 mil.