Atualizado em 15 de março de 2024

Por: Dr. Leonardo Ortigara

A postectomia é o procedimento realizado para remover o excesso de pele do pênis, permitindo a exposição do prepúcio. Felizmente, a cirurgia de fimose é um procedimento simples, efetivo e que, graças ao uso do grampeador cirúrgico (stapler) se tornou mais rápida e precisa!

Neste artigo, explicamos mais a respeito do problema e mostramos quando o tratamento cirúrgico é indicado, bem como as vantagens do uso do stapler. Continue a leitura e esclareça suas dúvidas!

O que é fimose e por que é preciso tratá-la?

A fimose é uma condição bastante conhecida, caracterizada pelo excesso de pele que recobre o pênis, apertando e impossibilitando a exposição da glande (a “cabeça” do órgão). Ela pode ser:

fisiológica, ou seja, de origem genética e presente desde o nascimento, sendo a sua causa mais frequente;

secundária ou adquirida, quando surge ao longo da vida, devido a infecções prévias (como ISTs) ou traumas no órgão.

Trata-se, portanto, de algo frequente em bebês, mas que costuma se resolver espontaneamente, durante o processo de crescimento. Em média, o prepúcio já se apresenta retrátil:

em 20% dos bebês aos seis meses;

50% dos meninos aos três anos;

99% dos adolescentes, aos 17 anos.

No entanto, quando o problema persiste, pode ser necessária a correção cirúrgica. Isso porque, a fimose em adultos, além de provocar desconforto ou dor nas relações sexuais, é um fator de risco para o HPV, o câncer de pênis e outras doenças graves. Pode, até mesmo, prejudicar a fertilidade, uma vez que dificulta a saída do sêmen.

Além disso, por vezes é necessário operar a fimose em crianças. É o caso de pacientes que apre-sentam dor e/ou inflamação decorrente do quadro, pois o excesso de pele dificulta a higienização correta do órgão, levando aos referidos problemas.

Quando a cirurgia de fimose é indicada e como é realizada?

Como mostrado, a cirurgia de fimose não é indicada para todos, mas em casos específicos. São eles:

quando os tratamentos convencionais (uso de pomadas à base de corticoides e/ou realização de exercícios de retração da pele do prepúcio) não funcionam;

antes mesmo dos tratamentos convencionais, quando a pele da região é excessivamen-te fibrosada ou quando há grandes dilatações renais, devido ao risco de infecção urinária;

quando a fimose é diagnosticada, apenas, em pacientes adultos ou idosos.

O procedimento pode ser feito removendo, completamente, o excesso de pele que recobre a glande ou por meio de um ou vários pequenos cortes na região. Por vezes, o cirurgião urológico pode realizar, ainda, um corte para liberar o freio curto do pênis.

Em crianças, a cirurgia de fimose é sempre feita sob anestesia geral. Em adultos, costuma ser realizada sob anestesia local, por meio do bloqueio peniano, e sedação.

Vale destacar que, por ser um procedimento ambulatorial, os pacientes submetidos à intervenção, geralmente, têm alta no mesmo dia. Em relação ao pós-operatório, os cuidados incluem a limpeza com água e sabão e, em alguns casos, o uso de pomada para proteger a ferida durante a cicatrização.

Mas, atenção: em casos de problemas na coagulação sanguínea ou infecção local ativa, a cirurgia de fimose é contraindicada até a resolução dos quadros. O mesmo vale para homens com alterações como hipospadia ou pênis embutido, pois o excesso de pele pode ser utilizado na reconstrução de outros tecidos da região.

Quais são as vantagens do uso do grampeador cirúrgico?

O uso do stapler, também conhecido como grampeador da circuncisão, na cirurgia de fimose traz uma série de vantagens em comparação à técnica convencional. Entre elas, destacam-se:

uma operação mais simples, rápida e minimamente invasiva;

menor perda de sangue;

menos risco de complicações durante e após o procedimento;

menos tempo de cicatrização;

um resultado mais estético, ou seja, uma melhor aparência da genitália masculina.

menos dores e/ou desconfortos no período pós-operatório;

Por tudo isso, o grampeador cirúrgico vem sendo cada vez mais empregado na cirurgia de fimose. No entanto, para ter acesso a esse diferencial, deve-se procurar por cirurgiões urológicos atualizados, que se preocupem em oferecer as melhores alternativas terapêuticas para seus pacientes. Para quem reside na região de Itajaí (SC), pode contar com o Dr. Leonardo Ortigara.