Vacina bivalente contra a Covid: saiba quem poderá tomar o imunizante a partir desta segunda-feira

O objetivo do reforço com a bivalente é expandir a resposta imune específica à variante ômicron

Vacina bivalente é uma atualização em relação aos primeiros imunizantes fabricados contra a Covid-19 e protege contra a cepa original do coronavírus e as subvariantes ômicron.

Por Mariana Garcia, g1

Vacina bivalente da Pfizer — Foto: Eric Gaillard/Reuters

Começa nesta segunda-feira (27) mais uma etapa da campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil. Nesta nova fase, as pessoas serão vacinadas com o reforço do imunizante bivalente da Pfizer.

Esta vacina é uma atualização em relação aos primeiros imunizantes fabricados contra a Covid-19 e protege contra a cepa original do coronavírus e as subvariantes ômicron.

O objetivo do reforço com a bivalente é expandir a resposta imune específica à variante ômicron e melhorar a proteção da população.

Os grupos prioritários são:

Pessoas com mais de 60 anos;

Moradores de instituições de longa permanência (ILP);

Pessoas com deficiência;

Pacientes com baixa imunidade (mais abaixo, veja quem se enquadra);

Comunidades indígenas, ribeirinhos e quilombolas;

Gestantes e puérperas; e

Profissionais da saúde.

A meta é vacinar 90% da população-alvo. O Ministério da Saúde afirma que, a partir do mês de março, o calendário de vacinação será aberto para outros grupos.

Esquema vacinal

A ideia é dar a bivalente para quem já tem pelo menos duas doses, segundo Éder Gatti, diretor do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreviníveis. Ou seja, quem só tomou uma dose até agora, vai ter que tomar ainda a segunda dose da primeira versão da vacina para estar apto a tomar a bivalente.

Abaixo, confira o esquema vacinal recomendado:

Plano nacional de vacinação contra Covid-19 2023 — Foto: Reprodução/Ministério da Saúde

Demais grupos

Além dos grupos prioritários, o ministério também quer intensificar a campanha com a vacina monovalente para os maiores de 12 anos. A ideia é aumentar a cobertura vacinal nesses outros públicos. A recomendação é:

Uma dose de reforço para quem tem até 40 anos.

Duas doses de reforço para quem tem mais de 40 anos.

A Pfizer, assim como a Anvisa, reforça que a vacina monovalente original continua sendo importante instrumento no combate à Covid-19.

Quem são os imunossuprimidos?

As pessoas com baixa imunidade são chamadas de imunossuprimidas ou imunocomprometidas.

Não há relação direta entre pessoas com comorbidades (que tinham doenças prévias como hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares) e imunossuprimidos, embora as duas condições possam ocorrer em um mesmo paciente.

O grupo dos imunossuprimidos considera, por exemplo, pessoas com câncer, pessoas vivendo com HIV, transplantados e outros com o sistema imune fragilizado, o que deixa o paciente mais suscetível a infecções. São eles:

Pessoas transplantadas de órgão sólido ou de medula óssea;

Pessoas com HIV e CD4 <350 células/mm3;

Pessoas com doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida;

Pessoas em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias;

Pessoas com neoplasias hematológicas, como leucemias, linfomas e síndromes mielodisplásicas;

Pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses.

Os imunossuprimidos são todas aquelas pessoas que recebem ou receberam tratamento que mexe com o sistema imunológico, ou que têm alguma doença que deprime o sistema imunológico.

— João Prats, infectologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo

https://g1.globo.com/saude/coronavirus/noticia/2023/02/27/vacina-bivalente-contra-a-covid-saiba-quem-podera-tomar-o-imunizante-a-partir-desta-segunda-feira.ghtml