Média móvel de diagnósticos positivos cresceu 63% em comparação com o cálculo de duas semanas atrás, o que demonstra tendência de alta

Com a nova onda dos casos de Covid, aumentou a procura por testes e vacinação contra a doença nos postos de saúde. Gabriel de Paiva

O Brasil registrou, nesta sexta-feira, 20.914 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 34.949.418 infectados pelo coronavírus desde o começo da pandemia. A média móvel foi de 8.454 diagnósticos positivos. O número é 63% maior que o cálculo de 14 dias atrás, o que demonstra tendência de alta.

O número de casos notificados em 24h é o maior desde o dia 31 de agosto, quando foram relatados 61.085 diagnósticos positivos.

Os dados são do consórcio formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até as 20h. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.

O aumento de casos está sendo associado à circulação da variante BQ.1 no Brasil. Ela foi responsável pelo aumento de diagnósticos positivos na Europa e nos Estados Unidos.

Nesta sexta-feira, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou um comunicado com uma série de orientações que devem ser seguidas imediatamente no intuito de cessar o crescimento de casos. Entre as recomendações, o uso de máscaras e o distanciamento social devem retornar ao cotidiano das pessoas, assim como no começo da pandemia e no auge dos casos, afim de evitar situações de aglomeração principalmente pela população mais vulnerável, como idosos e imunossuprimidos.

O país também registrou 46 mortes por Covid-19, elevando para 688.705 o total de vidas perdidas no país para o coronavírus. Já a média móvel foi de 46 óbitos. O número registrado é 33% menor que cálculo de duas semanas atrás, o que demonstra tendência de queda. Onze estados não registraram mortes nas últimas 24 horas.

Os números de casos e mortes foram atualizados em 20 estados.

A "média móvel de 7 dias" faz uma média entre o número do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda dos casos ou das mortes. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

Ao todo, 12 unidades federativas do Brasil atualizaram seus dados sobre vacinação contra a Covid-19 nesta sexta. Em todo o país, 182.218.268 pessoas receberam a primeira dose de um imunizante, o equivalente a 84,82% da população brasileira.

A segunda dose da vacina ou a dose única, por sua vez, foram aplicadas em 171.721.374 pessoas, ou 79,93% da população nacional. Já 105.463.287 pessoas receberam uma dose de reforço. Pelo menos 35.351.414 já receberam a segunda dose de reforço.

Até o momento, ao menos 13.903.445 crianças de 3 a 11 anos já receberam a primeira dose contra a Covid-19. Esse valor representa 52,62% da faixa etária. A vacinação infantil nas capitais tem avanço desigual, falhas de registro e atraso nos dados. Por isso, as estatísticas podem estar aquém da realidade. Apenas 9.490.649 ou 35,92% das crianças dessa faixa etária receberam a segunda dose.