Após primeiros meses difíceis, família quer comemorar.

A menina que foi considerada a menor bebê do Brasil em 2011 vai completar um ano de idade nesta sexta-feira (16) em Belo Horizonte. Carolina Terzis nasceu no Hospital Vila da Serra, em Nova Lima, na Região Metropolitana da capital mineira, aos cinco meses de gestação, com 360 gramas e 27 centímetros.

Nos primeiros meses, a família explica que a filha passou por dificuldades, mas, no dia do aniversário, eles só querem saber de comemorar. “Tiveram vezes que o médico virou pra mim e falou que não sabia me explicar como que ela conseguiu superar. Teve uma mão divina? Eu pedia direto. ‘Pedi, meu Deus, o que os médicos não forem capazes de fazer interceda, faça por ela’. Tanto é que ela está desenvolvendo, crescendo. Deus existe cara, só ter fé não pode deixar de ter fé”, disse o pai de Carolina, o mecânico Thiago Antunes Parreiras.

O nascimento de Carolina, no dia 16 de novembro de 2011, chamou a atenção no hospital em Nova Lima, de tão pequena e tão leve.  No dia da alta do hospital, 2 de maio de 2012, Carolina pesava 3,665 kg e estava com 47 centímetros.

A decisão de fazer o parto no quinto mês de gestação foi tomada para garantir a vida da mãe, Alexandra Terzis. Ela apresentava um quadro de pressão arterial altíssima e sofria ataques de convulsões. “Foi identificado que manter a gravidez seria prejudicial pra saúde da mãe, quando então foi indicada a interrupção da gestação”, explicou o ginecologista Marco Melo.

Assim que se recuperou, Alexandra se dedicou a acompanhar a pequena Carolina, que ficou internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal por cinco meses. Somente os pais tinham acesso ao local, que tenta reproduzir um ambiente parecido com o útero da mãe, com pouca luminosidade e quase sem barulho.

Em um primeiro momento, Carolina ficou em uma incubadora que umidifica e esquenta a pele do bebê 24 horas por dia. A pequena foi entubada, porque os pulmões ainda não funcionavam sozinhos. O intestino também não estava preparado. Um cordão umbilical artificial foi usado para que a menina se alimentasse de soro.