Mulher descobre que seu cérebro 'vaza' do crânio após sentir fortes dores de cabeça
Jornalista foi diagnosticada com duas doenças raras que normalmente são descobertas logo após o nascimento
Por O GLOBO — Rio de Janeiro
Jornalista de 28 anos descobriu duas doenças raras que fazem seu cérebro vazar do crânio. Reprodução/Instagram
A jornalista britânica Georgia Lambert, de 28 anos, descobriu que tem duas doenças raras, uma das quais faz seu cérebro "vazar" para fora do crânio. O histórico médico dela é complicado desde a infância: ela tinha asma severa e hiperflexibilidade nos ossos — condição que provocou vários acidentes ao longo de sua vida. Quando fez 17 anos, ela começou a sentir dor forte e crônica de cabeça.
Ao procurar ajuda, alguns médicos desacreditavam a menina e diziam que o problema era psicológico. No entanto, os pais de Lambert não aceitaram essas avaliações e continuaram em busca do real motivo. Procurando pelo tratamento ideal, ela chegou a adotar várias dietas diferentes, tentou terapias alternativas, sem sucesso. O diagnóstico só foi dado quando um médico finalmente decidiu solicitar um exame de imagem da cabeça.
“Esperamos semanas pelos resultados. Quando voltamos ao consultório, o clínico parou para respirar antes de pronunciar as duas condições que encontraram. Ele me explicou que a parte de trás do meu cérebro estava vazando para fora do meu crânio, o que causou a formação de cistos cheios de fluido na minha medula espinhal”, disse Lambert em relato publicado pelo jornal britânico The Times.
A jornalista tem má formação de Arnold-Chiari e siringomielia. A primeira má formação ocorre entre o pescoço e a cabeça, quando o cerebelo entra no canal espinhal. Já a siringomielia é a formação de uma cavidade líquida dentro da medula espinhal. Ambas as condições são normalmente diagnosticadas nos primeiros dias de vida de um bebê.
Georgia lembra que antes do diagnóstico dormia nove horas por dia, além das oito normais durante a noite, e sentia dor o tempo inteiro.
Georgia passou por uma cirurgia para drenar a medula espinhal, mas ainda sentia dores fortes que a obrigaram a sair da universidade. Ela começou a frequentar um grupo de pacientes com siringomielia, onde aprendeu técnicas para se distrair da dor. A jornalista conta que até hoje tem temores severos nas mãos, dor na coluna e vazamento recorrente no cérebro.
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