Cancêr de pele: 820 casos são previstos na Capital
Exposição contínua e direta ao sol e a percepção que, o interrompimento brusco desta prática, inibirá, totalmente, a ocorrência de câncer de pele. A prerrogativa errônea adotada por muitos, conforme a integrante da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Dra. Araci Pontes, resulta na alta incidência da doença no País. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), tal enfermidade representa 25% de todos os tumores malignos no Brasil e deverá acometer 820 fortalezenses em 2012. No Ceará, a taxa de incidência, estimada para este ano, é de 48 para cada 100 mil homens e 53 para mulheres. Apesar de considerar a taxa estável, a médica alerta que os cuidados com pele não podem continuar sendo ignorados no Estado.
Estimativas do Inca previam que este ano, o Ceará deveria registrar cerca de 4.620 novos casos da doença. Destes, 140 ocorrências seriam do tipo melanoma (que é a forma mais grave da enfemidade, com poder letal). “Uma mancha na pele que nunca some, uma ferida que não cicatriza ou a percepção de sinais mais asperos na pele, devem ser motivos de preocupação”, ressaltou a médica. Araci esclareceu ainda que, devido os danos provocados pela radiação atingirem o DNA das células, para prevenir a ocorrência da enfermidade não basta somente barrar a exposição direta.
TIPOS MAIS COMUNS
Esta exposição permanente confere o potencial cumulativo da doença, conforme a dermatologista. “É justamente por isso que é mais comum detectarmos câncer de pele em pessoas com mais de 50 anos”, completou. Tal característica, requer como prevenção o constante uso de protetores solares e acessórios (luvas, bonés, chapéus, e etc) que possam bloquear ou enfraquecer esta exposição. “Atualmente vemos que muitos motoqueiros usam proteção no braços. Essa é uma atitude que se multiplica, e isso é muito bom”, acrescentou.
O câncer de pele, segundo Araci, em geral, é dividido em dois grupos. Sendo que o tipo não melanoma (forma mais leve da doença), é o mais comum. Este tipo, que conforme as estimativas do Inca, este ano, deve incidir em 480 homens em Fortaleza e 340 mulheres, apresenta lesões em áreas do corpo que geralmente são expostas ao sol.
Já no tipo, melanoma, que deve registrar mais 60 casos este ano, as lesões surgem em partes, que em geral, são protegidas pelas roupas. “Isto é que é mais perigoso. Se alguém tem feridas ou manchas em áreas que sequer pegam sol, deve se atentar. Em todo caso o diagnóstico precoce é bem mais eficaz”, garantiu.
DIA DE COMBATE
Por conta do Dia Nacional de Combate ao Câncer da Pele, a ser celebrado no dia 24 de novembro, a Sociedade Brasileira de Dermatologia realizará inúmeros atendimentos gratuitos em todo o País. Em Fortaleza, conforme a dermatologista, o Centro de Dermatologia Dona Libânia; no Centro, o Hospital Geral de Fortaleza; no Papicu e o Hospital das Clínicas; no Rodolfo Teófilo, deverão sediar as atividades. Das 9h às 15h, a população terá à disposição, exames e orientações sobre o tema. Os casos suspeitos, segundo Araci, serão imediatamente encaminhados para tratamento na rede pública. A previsão da organização é que cerca de 1.500 pessoas sejam atendidas no evento.
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