Covid-19: Brasil 317 mortes registradas em 24hs

Média móvel de casos nos últimos 7 dias foi a 83.630 - a maior marca registrada até aqui

Imagem ilustração via google

Brasil registra recorde de 132 mil casos conhecidos de Covid em 24 h; média móvel também supera pior marca

País tem 621.578 óbitos e 23.215.551 casos registrados do novo coronavírus, segundo dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa. Foram 317 mortes registradas em 24 horas; média móvel de vítimas voltou ao patamar de antes do ataque hacker em dezembro.

Por g1

O Brasil registrou nesta terça-feira (18) o recorde de 132.254 novos casos conhecidos de Covid-19 em 24 horas, chegando ao total de 23.215.551 diagnósticos confirmados desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi a 83.630 - a maior marca registrada até aqui, superando pela primeira vez o pico de junho de 2021 (quando chegou a 77.295). Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +575%, indicando tendência de alta nos casos da doença.

(Correção: O g1 errou ao informar inicialmente que o recorde foi de 131 mil novos casos conhecidos. O número correto é 132 mil e foi corrigido às 20h05 na reportagem.)

Antes a pior marca era de 125.053 novos casos em 24 horas, anotada em 18 de setembro de 2021.

Brasil, 18 de janeiro

Total de mortes: 621.578

Registro de mortes em 24 horas: 317

Média de novas mortes nos últimos 7 dias: 185 (variação em 14 dias: +88%)

Total de casos conhecidos confirmados: 23.215.551

Registro de casos conhecidos confirmados em 24 horas: 132.254

Média de novos casos nos últimos 7 dias: 83.630 por dia (variação em 14 dias: +575%)

O país também registrou 317 mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 621.578 óbitos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 185. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +88%, indicando tendência de alta nos óbitos decorrentes da doença.

Dessa forma, a média móvel de vítimas voltou ao patamar em que estava às vésperas do ataque hacker que gerou problemas nos registros em todo o Brasil, ocorrido na madrugada entre 9 e 10 de dezembro (leia mais abaixo). Na época, essa média indicava 183 mortos pela doença por dia.

Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h. O balanço é feito a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.

Instabilidade nos sistemas

Após o apagão de dados do Ministério da Saúde, os estados começaram a normalizar a divulgação de números de Covid-19 no Brasil no dia 4 de janeiro.

Em 12 de dezembro, o ministério informou que o processo para recuperação dos registros dos brasileiros vacinados contra a Covid-19 após ataque hacker foi finalizado, sem perda de informações. Mas, no dia seguinte, o ministro Marcelo Queiroga disse que houve um novo ataque hacker. A previsão inicial de estabilização dos sistemas, de 14 de dezembro, não foi cumprida.

Em janeiro, o ministério informou que quatro de suas plataformas foram reestabelecidas ainda em dezembro; afirmou que, no dia 7 de janeiro, normalizou a integração entre os sistemas locais e a rede nacional de dados, e que o retorno do acesso às informações estava sido gradual.

Segundo a pasta, a instabilidade no sistema não interferiu na vigilância de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, como a Covid. É o oposto do que dizem pesquisadores.

"A gente não consegue planejar a abertura de novos serviços hospitalares, de centros de testagem, abertura de novos leitos e entender as regiões onde o impacto da nova variante é maior", diz Julio Croda, infectologista e pesquisador da Fiocruz.

"A gente não viu a evolução e a chegada da ômicron. Ela não apareceu de repente no Ano Novo. Ela entrou ao longo do mês de dezembro, e a gente estava completamente em voo cego ali, porque não tinha dado nenhum; a gente não viu os dados crescerem", afirma o professor Marcelo Medeiros, fundador do Covid-19 Analytics. Ele interrompeu o serviço que auxilia autoridades a tomarem decisões em meio à pandemia.

Curva de mortes nos estados

Em alta (20 estados): AL, SP, SC, RN, MA, TO, PI, PA, MS, AM, CE, MT, GO, ES, SE, RS, PR, BA, MG, RJ

Em estabilidade (4 estados e o DF): RO, PB, AP, RR, DF

Em queda (2 estados): AC e PE

Essa comparação leva em conta a média de mortes nos últimos 7 dias até a publicação deste balanço em relação à média registrada duas semanas atrás (entenda os critérios usados pelo g1 para analisar as tendências da pandemia).

Vale ressaltar que há estados em que o baixo número médio de óbitos pode levar a grandes variações percentuais. Os números de médias móveis são, em geral, em números decimais e arredondados para facilitar a apresentação dos dados. Já a variação percentual para calcular a tendência (alta, estabilidade ou queda) leva em conta os números não arredondados.

Consórcio de veículos de imprensa

Os dados sobre casos e mortes de coronavírus no Brasil foram obtidos após uma parceria inédita entre g1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho de 2020, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal 

https://g1.globo.com/saude/coronavirus/noticia/2022/01/18/brasil-registra-recorde-de-131-mil-casos-conhecidos-de-covid-em-24-h-media-movel-tambem-supera-pior-marca.ghtml