Risco de morte por Covid de não imunizados é 11 vezes maior, mostra estudo

A infectologista Luana Araújo diz que confiar na vacina é fundamental para vencer a pandemia.

A taxa de mortalidade entre os que tomaram apenas uma dose é o dobro quando comparada a quem está completamente vacinado. A conclusão do levantamento feito pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais reforça a eficiência da imunização.

Por Jornal Nacional

Risco de morte por Covid de não imunizados é 11 vezes maior, mostra estudo

Um estudo da Secretaria de Saúde de Minas Gerais comprova, em números, a importância da imunização contra a Covid.

A alegria por uma dose a mais da vacina está na cara da assistente social Romilda Godinho Pinto. E a satisfação está muito bem guardada pela máscara de proteção. A procura pela dose de reforço está enorme em Belo Horizonte.

“Participar da vacinação é contribuir um pouquinho para que todo mundo fique beneficiado com a vacinação”, diz a bibliotecária Diná Marques.

A infectologista Luana Araújo diz que confiar na vacina é fundamental para vencer a pandemia.

“Quando a gente olha melhor quem é que está internado e quem é que está indo a óbito, a gente percebe que essas pessoas são as não vacinadas ou as insuficientemente vacinadas. Quem passa melhor, quem passa mais saudável, quem passa com menos trauma pela doença é a pessoa que foi vacinada. Então, a gente tem dois dados muito claros a favor da vacinação de vida real”, enfatiza.

A Secretaria de Saúde de Minas Gerais analisou os casos de mortes por Covid no estado no mês de dezembro. O estudo levou em consideração grupos de pessoas vacinadas e não vacinadas. A conclusão só reforça a eficiência da imunização: uma pessoa não vacinada corre um risco 11 vezes maior de morrer de Covid do que uma que já recebeu pelo menos duas doses da vacina.

De acordo com o levantamento, entre os vacinados com duas doses, a média de mortes foi de 0,06 por 100 mil habitantes. Para os que tomaram uma dose, a taxa de óbitos dobrou, foi para 0,12. Já para quem não tomou a vacina, a média de mortes pulou para 0,71 por 100 mil habitantes.

Para o secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, o estudo confirma que a vacina é essencial para proteger vidas, ainda mais nesse momento com a variante ômicron, que se espalha rapidamente.

“A principal arma que nós temos contra a ômicron é a vacina, uso de máscara também, higiene das mãos, distanciamento social. E quem ainda não se vacinou e acha que já escapou da pandemia, o maior risco é agora, porque a ômicron é muito infectante. Então, quem ainda não tomou vacina a dose, está esperando, está sobrando vacina hoje no estado de Minas, no país como um todo, e tem que tomar a sua vacina”, orienta o secretário.

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