Paciente com ômicrom foi a festa com 90 pessoas; 22 testam positivo
A pandemia não passou. Ainda há a necessidade do uso das máscara e evitar as aglomerações.
Prefeitura monitora 90 participantes de festa onde paciente com ômicron frequentou em SP; 22 pessoas testaram positivo para Covid-19
Segundo o secretário Edson Aparecido, o sequenciamento genético está sendo feito no hospital Albert Einstein e não é possível dizer ainda se essas 22 pessoas contraíram a nova variante da Covid-19. Todos os testados do evento estão bem e assintomáticos, disse o secretário.
Por Rafael Ihara, TV Globo — São Paulo
O secretário municipal da Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, afirmou nesta quinta-feira (16) que a gestão municipal investiga os participantes de uma festa onde um paciente com a variante ômicron da Covid-19 frequentou antes de descobrir que estava com a doença.
De acordo com o secretário, dos 90 participantes monitorados, 22 deles testaram positivo para a doença e aguardam o sequenciamento genético para saber se contraíram a nova variante.
"Nós fizemos um primeiro monitoramento de nove pessoas que tiveram contato com aquela pessoa. Dessas nove, sete tiveram sequenciamento positivo para a variante ômicron. Das 90 pessoas que nós estamos acompanhando, 22 testaram positivo para a Covid. Elas passam bem, não estão sintomáticos. O sequenciamento genômico desses 22 casos está em curso neste momento para que a gente possa apresentar o resultado", disse o secretário.
Ômicron: o que se sabe sobre nova variante detectada na África do Sul
O sequenciamento desses 22 pacientes com testes positivos está sendo feito pelo hospital Albert Einstein, na Zona Sul, e deve ficar pronto nos próximos dias.
Com isso, a secretaria não sabe se essas pessoas positivadas contraíram ou não a nova variante.
"Enquanto isso, a secretaria municipal de Saúde continua monitorando e busca o rastreamento das demais pessoas que participaram dessa festa para fazermos a testagem para a Covid-19. Na área [onde aconteceu a festa] nós temos uma unidade básica de saúde, que está fazendo a testagem dessas pessoas. As vezes elas não testam positivo, mas os sintomas aparecem depois. E a gente faz esse acompanhamento no período de 15 dias", afirmou Aparecido.
A cidade de São Paulo já tem dez casos confirmados da ômicron e o episódio da festa, segundo o secretário, acende o sinal de alerta para que as pessoas evitem aglomerações e festas durante o final do ano.
"A pandemia não passou. Ainda há a necessidade do uso das máscara e evitar as aglomerações. É importante também participar de eventos familiares onde todas as pessoas estejam vacinas e apresentem o passaporte da vacina", declarou.
Um estudo produzido por cientistas da África do Sul apontou que a variante ômicron do coronavírus pode "escapar" de parte da imunidade adquirida por pessoas que já tiveram covid-19. — Foto: Getty Images
Casos no estado de SP
Nesta quarta-feira (15), a Secretaria da Saúde de São Paulo confirmou sete novos casos da variante Ômicron da Covid-19. Com isso, o total chegou a 13 casos confirmados no estado, segundo a pasta.
Os novos casos foram identificados na capital e são de pessoas que tiveram contato com o último caso detectado no sábado (11). Todos os sete casos são de pessoas com o esquema de vacinação completo e apresentam sintomas muito leves, segundo o secretário estadual Jean Gorinchteyn.
Em nota, a prefeitura da capital declarou que "todos os casos estão sendo acompanhados por profissionais da secretaria" e que os pacientes "estão com sintomas leves e cumprindo a quarentena em casa".
A administração municipal informou ainda que outras 90 pessoas que tiveram contato com os casos confirmados da Ômicron estão sob investigação da Secretaria Municipal da Saúde.
De acordo com a secretaria estadual da Saúde, "o cenário ainda não pode ser considerado de transmissão comunitária" porque os casos continuam estão restritos a pessoas que tiveram contato com outros casos confirmados, e porque ainda está em curso a investigação quanto a deslocamentos internacionais dos pacientes.
"Este tipo situação é tecnicamente denominado como cluster localizado, ou seja, um grupo de pessoas estiveram reunidas no mesmo tempo e espaço e tiveram o mesmo diagnóstico", afirmou a pasta, em nota.
Apesar disso, em entrevista à rádio CBN nesta quarta, o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), afirmou que a prefeitura trata os casos mais recentes como transmissão comunitária.
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/12/16/prefeitura-monitora-90-participantes-de-festa-onde-paciente-com-variante-omicron-frequentou-em-sp-22-pessoas-testaram-positivo-para-covid-19.ghtml
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