São Paulo tem pior semana da pandemia com média de 364 mortes por dia

As internações também estão em alta, com os piores índices da pandemia.

Coveiros abrem novas covas para vítimas da Covid-19 em cemitério de São Paulo no dia 9 de março. — Foto: Carla Carniel/Reuters

Internações batem novo recorde, com 9.944 pessoas em UTIs e 13.081 em enfermaria. Foram registradas 434 óbitos e 15.344 casos nas últimas 24 horas.

Por G1 SP

A semana que se encerra neste sábado (13) foi a pior para o estado de São Paulo desde o início da pandemia, com 2.548 mortes confirmadas por Covid-19 desde o último domingo (7), o que representa uma média de 364 óbitos por dia.

Nas últimas 24 horas foram registrados 434 falecimentos e 15.344 novos casos. No total, São Paulo teve 2.195.130 casos e 63.965 óbitos causados pelo coronavírus.

Saiba mais: Ao menos 58 pacientes com Covid ou suspeita morreram na fila por um leito de UTI no estado de SP

Nesta sexta (12), o estado bateu o recorde de registros de mortes em um único dia, com 521 vítimas – o equivalente a 1 óbito a cada 3 minutos nas últimas 24h.

As internações também estão em alta, com os piores índices da pandemia. São 23.025 pessoas internadas, sendo 9.944 em UTIs e 13.081 em enfermaria, considerando hospitais públicos e também particulares.

O total de internados no estado está batendo recordes todos os dias desde 27 de fevereiro.

As taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 89% na Grande São Paulo e 87,6% no estado. Levantamento do G1 com a TV Globo mostra que ao menos 58 pacientes com Covid-19 morreram na fila de espera por um leito de UTI.

Especialistas alertam para a possibilidade de colapso do sistema, já que a capacidade de criação de leitos, especialmente de UTI, é limitada.

Um cálculo matemático mostra que São Paulo pode chegar ao colapso de seu sistema de saúde nos primeiros dias de abril, caso o atual ritmo de avanço da pandemia permaneça o mesmo.

Todos os leitos de UTI disponíveis para Covid-19 nas redes pública e privada do estado devem acabar nesse prazo, se o ritmo atual de internações pela doença e de abertura de novos leitos se mantiver em crescimento.

Em coletiva de imprensa na última quinta (11), o governo estadual anunciou novas restrições na quarentena, a chamada fase emergencial (leia abaixo) para conter o avanço da doença, e o secretário destacou que "este é o momento mais difícil da pandemia".

Veja o que pode funcionar na fase vermelha emergencial:

Escolas privadas, com 35% da capacidade.

Hospitais, clínicas, farmácias, dentistas e estabelecimentos de saúde animal (veterinários).

Supermercados, hipermercados, açougues, lojas de suplemento, feiras livres.

Delivery e drive-thru para padarias das 20h às 5h; no restante do dia, funcionamento normal.

Delivery para bares, lanchonetes e restaurantes.

Cadeia de abastecimento e logística, produção agropecuária e agroindústria, transportadoras, armazéns, postos de combustíveis.

Empresas de locação de veículos, oficinas de veículos, transporte público coletivo, táxis, aplicativos de transporte, serviços de entrega e estacionamentos.

Serviços de segurança pública e privada.

Construção civil e indústria.

Meios de comunicação, empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens.

Outros serviços: lavanderias, serviços de limpeza, hotéis, manutenção e zeladoria, serviços bancários (incluindo lotéricas), serviços de call center, assistência técnica e bancas de jornais.

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2021/03/13/sao-paulo-tem-pior-semana-da-pandemia-com-media-de-364-mortes-por-dia.ghtml