Anvisa aprova uso de remédio Remdesivir contra a Covid-19 e registro definitivo da vacina de Oxford

O remédio tem prazo de validade de 36 meses e pode ser armazenado em temperatura ambiente.

Legenda: Anvisa aprovou o uso do remédio Remdesivir contra a Covid-19 - Foto: Ulrich Perrey / POOL / AFP

Escrito por Redação

O medicamento é um antiviral desenvolvido pela companhia biofarmacêutica Gilead Sciences é o primeiro aprovado no País

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do remédio Remdesivir contra a Covid-19. O medicamento é um antiviral desenvolvido pela companhia biofarmacêutica Gilead Sciences. 

Esse é o primeiro medicamento a ser certificado pela Anvisa contra o coronavírus no País. Com isso, o remédio pode ser usado em pacientes e bula do fármaco terá a informação de indicação contra a doença.

O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira (12), pelo gerente-geral da Medicamentos e Produtos Biológicos da agência, Gustavo Mendes Lima, e outros membros.

Está previsto o uso em adultos e adolescentes acima de 12 anos e com pelo menos 40kg. Os pacientes com pneumonia e com necessidade de suplementação de oxigênio, mas sem uso de respirador, devem usar o medicamento com indicação médica. 

Para avaliar a eficácia, foram avaliados estudos in vitro e estudos clínicos em mais de 6 mil pacientes. A pesquisa principal foi conduzida nos Estados Unidos, México, Europa, Japão e Coreia do Sul.

O tratamento previsto é de 5 a 10 dias. O remédio tem prazo de validade de 36 meses e pode ser armazenado em temperatura ambiente. 

A submissão do remédio à Anvisa foi feita em 6 de agosto de 2020. As fábricas do remédio, localizadas nos Estados Unidos e na Irlanda, já haviam sido inspecionadas pela Anvisa, pois são responsáveis pelo desenvolvimento de outros medicamentos usados no país. 

Vacina de Oxford

A Anvisa também aprovou o registro definitivo da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca. 

O imunizante já tinha sido aprovado para uso emergencial, em janeiro, e será produzido localmente pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

Gustavo ressaltou que houve certificação dos laboratórios de produção da vacina e dos dados de testes clínicos. 

A agência ainda deve receber dados de estudos clínicos que ainda estão em andamento e sobre o uso da vacina contra novas cepas do coronavírus. A AstraZeneca deve informar o desempenho da vacina contra a variante P1, originada em Manaus, até 11 de junho. 

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