Covid-19: oito hospitais privados suspendem cirurgias eletivas e devem abrir 65 leitos em Fortaleza
Covid-19: ocupação de UTIs adultas está em 96,7% na rede particular, no Ceará,
Legenda: Além das estruturas, empresas buscam profissionais para atuar na linha de frente contra a doença - Foto: Kid Júnior
Escrito por Nícolas Paulino
Rede particular se articula para adequar estruturas físicas e equipes de atendimento à demanda crescente de internações pela doença na Capital.
Antes mesmo da recomendação da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) para a suspensão de cirurgias eletivas (que podem ser marcadas) no Ceará, na última terça-feira (16), oito hospitais particulares de Fortaleza já haviam cancelado os procedimentos. A medida foi tomada desde o dia 11 de fevereiro, segundo o presidente da Associação dos Hospitais do Estado do Ceará (Ahece), Aramicy Pinto.
A decisão é motivada pelo atual cenário epidemiológico da Covid-19 no Ceará, diante da alta de novos casos e de internações provocadas pela infecção respiratória. De acordo com a plataforma IntegraSUS, a ocupação de UTIs adultas está em 96,7% na rede particular, no Ceará, e em 97,3%, em Fortaleza, nesta quinta-feira (18).
“As cirurgias que estão sendo feitas são as de câncer e neurológicas de emergência, que não podem esperar, mas em um número bem menor. Temos hospitais que faziam 100 cirurgias por dia, agora estão fazendo 10. É uma redução drástica”, observa.
Além da suspensão das cirurgias, as oito unidades privadas devem abrir, somente nesta semana, mais 65 leitos exclusivos para o atendimento à doença. “Eles estão sendo adaptados para atendimento da Covid, principalmente enfermarias e apartamentos onde a afluência é maior. As pessoas entram, fazem o tratamento e recebem alta. Esses leitos vão girando”, explica o gestor.
De acordo com dados colhidos pela Ahece, a ocupação de leitos cresceu na última semana. No dia 11 de fevereiro, eram 98 pacientes internados em UTIs; ontem (17), o número saltou para 141, um incremento de 43,9%. Em enfermarias, também houve aumento de 128 para 217, no mesmo período, representando ampliação de 69,5%.
As unidades de saúde também buscam a contratação de mais profissionais para a linha de frente de combate à doença, sobretudo médicos infectologistas e intensivistas.
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