Covid-19: taxa de mortalidade sobe 14,8% em uma semana no CE

A cidade de Crato, por exemplo,foi a que apresentou o maior aumento em sete dias: 51,4%.

Legenda: Apesar de todas medidas para evitar o avanço da Covid-19, número de óbitos aumentou no Ceará, principalmente, no interior do Estado - Foto: Kid Júnior

Escrito por Redação 

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado ontem (10) pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), o índice de mortes subiu de 62,6 para 71,9 para cada 100 mil habitantes cearenses em apenas sete dias

A taxa de mortalidade por Covid-19 - a doença provocada pelo novo coronavírus - subiu 14,8% em apenas uma semana em todo o território cearense. É o que indica o último boletim epidemiológico, divulgado nesta sexta-feira (10), pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Segundo o documento, o índice, que era de 62,6 mortes para cada 100 mil habitantes subiu para 71,9. Ou seja, cerca de 72 pessoas em cada 100 mil cearenses perdem a vida por complicações decorrentes da infecção provocada pelo novo coronavírus.

De acordo com o boletim epidemiológico, houve aumento em todas as 22 Áreas Descentralizadas de Saúde (ADS) - divisão utilizada pela Sesa para unir municípios próximos em diversas regiões. A cidade de Crato, por exemplo,foi a que apresentou o maior aumento em sete dias: 51,4%. Em seguida, vêm os municípios de Icó (30,8%), Juazeiro do Norte (28,4%), Tauá (21,7%), Russas (18%) e Iguatu (17,9%).

A taxa apresenta incremento em um momento no qual o vírus se espalha pelo interior cearense, cujos maiores índices se concentram nas cidades do Centro-Sul e do Cariri. Tanto que o aumento na taxa de mortalidade em Fortaleza - primeiro epicentro no Estado e cidade com o maior número de casos e mortos acumulados - foi um dos mais baixos. O índice na Capital cresceu 2,8% em uma semana. Maracanaú (3,3%) e Aracati (4,2%) apresentaram também os menores crescimentos.

Gravidade

O documento divulgado pela Sesa também apresenta os números mais atualizados dos casos de hospitalização por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). O quadro clínico é a pior complicação da Covid-19 e é em sua decorrência que um paciente pode acabar falecendo. Contudo, a SRAG também pode ser provocada por outros vírus.

Apenas em 2020 (até o dia 4 de julho), a Secretaria da Saúde já registrou 24.890 casos de SRAG. Em igual período do ano passado, haviam sido notificados apenas 797. O aumento de registros da Síndrome é superior a 3.000%.

Dos números deste ano, mais da metade já foi investigado pelos técnicos laboratoriais a fim de descobrir qual vírus respiratório provocou a SRAG. Desta forma, o coronavírus foi responsável pela infecção em quase metade do total (12.562), um terço dos casos continua em investigação (7.301) e 4.781 não tiveram etiologia especificada mesmo após a investigação laboratorial - o que pode representar subnotificação de casos.

Além disso, 136 pessoas foram acometidas de influenza, 99 por outros vírus respiratórios e 31 por outros agentes etiológicos, conforme a Sesa.

Novos casos

O número de casos de Covid-19, no Ceará, chegou a 134.610. O Estado também já registrou 6.842 mortes pela doença desde o início da pandemia. Os números constam na plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), e foram atualizados às 19h31 de ontem (10).

No Estado, 106.952 pessoas já se recuperam da infecção. Destas, 6.770 tiveram alta hospitalar. Outros 70.330 possíveis casos da doença estão sendo investigados, e 341.231 exames já foram realizados.

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