Idade mínima para realizar redução de estômago pelo SUS é reduzida

Por Igor Gadelha

Foi reduzida de 18 para 16 anos a idade mínima para realização de cirurgia bariátrica no Sistema Único de Saúde (SUS), nos casos em que há risco de morte para o paciente. A novidade foi anunciada pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (11), Dia Nacional de Prevenção à Obesidade. O governo anunciou ainda a inclusão de exames e técnicas cirúrgicas para redução de estômago e reajuste nos valores dessas técnicas e exames pré-operatórios na tabela do SUS .

Dentre as técnicas incluídas, está prevista a gastroplastia vertical em manga, que entra no lugar da gastroplastia vertical em banda, a qual será substituída por apresentar significativo índice de novo ganho de peso pelo paciente. Na cirurgia plástica reparadora pós-operatória, além da plástica reconstrutiva do abdome para correção dos excessos de pele, a rede pública deve passar a oferecer também o procedimento queinclui a intervenção na parte posterior do tronco.

Cinco exames ambulatoriais pré-operatórios considerados obrigatórios também tiveram os valores reajustados na tabela do SUS, pelo Ministério da Saúde, assim como os das técnicas de cirurgias bariátricas. São eles: endoscopia digestiva alta; a ultrassonografia de abdome total; a ecocardiografia; a ultrassonografia com doppler colorido de vasos; e a prova de função pulmonar completa com broncodilatador (espirometria).

IMC maior que 40 não muda

As novas regras ficarão disponíveis à população a partir da próxima segunda-feira (15). Apesar disso, algumas diretrizes vigentes continuam a mesma. O Índice de Massa Corporal (IMC), indicado para realização da cirurgia bariátrica, ainda deve ser maior que 40. O procedimento também pode ser realizado em pacientes com IMC entre 35 e 40 que apresentem diabetes, hipertensão, apneia do sono, hérnia de disco e outras doenças agravadas pela obesidade.

Em Fortaleza, 300 ainda esperam por cirurgia

Dados do Ministério da Saúde mostram que o número de cirurgias bariátricas no país saltou de 1.773 em 2003 para 5.332 no ano passado – um aumento de 200%. Nos três primeiros meses de 2012, já foram feitas 1.286 cirurgias, com investimentos de R$ 7 milhões. Apesar disso, em Fortaleza – considerada a segunda capital do Brasil com maior número de obesos – em setembro, cerca de 300 pessoas esperavam para fazer a cirurgia no Hospital Geral.