O Programa Federal de Controle da Leishmaniose Visceral, doença conhecida como Calazar, teve início, ontem, em Maracanaú com o encoleiramento de cachorros. A coleira utilizada pelos animais contém um princípio ativo repelente e inseticida recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das principais formas de controle da doença. A iniciativa é do Ministério da Saúde.
A cidade foi analisada pelo Ministério da Saúde e escolhida de acordo com a gravidade da doença em humanos. De acordo com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), em 2011, foram confirmados oito casos humanos, sem óbitos. A realização de 4.629 exames preventivos em cães na cidade, em 2011, diagnosticaram 3% de casos caninos positivos.
Os bairros contemplados para o encoleiramento em massa foram sorteados pelo Ministério da Saúde e serão: Jereissati I, Jereissati II e Timbó. Já no bairro Grande Pajuçara haverá o monitoramento.
O calazar é considerado um problema de saúde pública. A coleira à base de deltametrina a 4% repele e mata o mosquito transmissor, e a conscientização do uso da coleira é fundamental para controlar a expansão da doença.
O projeto-piloto do Programa Federal de Controle da Leishmaniose Visceral (Calazar) é uma ação inédita no mundo, que englobará um total de 12 cidades em sete Estados brasileiros, nas quais bairros com transmissão intensa de leishmaniose visceral em humanos serão escolhidos para o estudo.
Estados
Os estados já estão definidos. São eles: Piauí, Mato Grosso do Sul, Pará, Ceará, Maranhão, Tocantins e Minas Gerais. As cidades que estão sendo avaliadas pelo Ministério da Saúde e serão contempladas, inicialmente, as regiões mais críticas em que ocorre a doença em humanos, Teresina (PI), Montes Claros (MG), Canindé, Eusébio, Fortaleza e Araguaina e Palmas (TO) já receberam o projeto.
As coleiras serão distribuídas gratuitamente pelo governo federal, de casa em casa, acompanhadas por um exame de sangue de rotina nos cães, realizado regularmente para diagnosticar a evolução da doença na comunidade canina.
A previsão do estudo é de dois anos e meio, de acordo com informações com o Ministério da Saúde. No fim do projeto piloto, os bairros controle também receberão a coleira.
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