Vacinação contra gripe imuniza 76% do público-alvo, mas não bate meta

Dose estará disponível para gestantes até agosto devido à baixa adesão.

Balanço preliminar do Ministério da Saúde, divulgado nesta terça-feira (5), indica que 23,1 milhões de pessoas foram vacinadas contra a gripe em todo o país. O número é inferior a meta inicial de imunizar 80% do público-alvo, ou 30,1 milhões de pessoas até o fim da campanha.

A 14ª Campanha de Vacinação Contra a Gripe começou em 5 de maio e foi encerrada na última sexta-feira (1º), depois de ser prorrogada por uma semana, por causa da baixa adesão da população.

A dose trivalente imuniza contra gripes sazonais e a influenza A (H1N1), popularmente conhecida como "gripe suína", e foi distribuída gratuitamente nos 34 mil postos de saúde de todo o país para idosos, crianças de seis meses a dois anos, gestantes, profissionais de saúde e indígenas.

De acordo com o balanço, os estados de Santa Catarina, Acre, Amapá, Goiás, Maranhão, Alagoas, Rondônia, Paraná, Minas Gerais, Espírito Santo, Piauí, Tocantins e Rio Grande do Norte, mais o Distrito Federal, já alcançaram a meta. Mas, como o registro dos dados da campanha será feito até 13 de junho, o Ministério da Saúde espera atingir a meta nos demais estados até essa data.

Dos grupos prioritários, a maior adesão foi registrada entre os trabalhadores da área da saúde, com 92,44% de cobertura e 2,3 milhões de doses aplicadas. E entre as crianças, o índice ficou em 83,24% (3,6 milhões de doses aplicadas).

Na população idosa, a adesão foi de 74,54% de seu público-alvo, o que representa 15,34 milhões de pessoas vacinadas. Já entre os indígenas, a vacinação, feita nas próprias aldeias, atingiu 69,11% da meta, com 405.327 doses aplicadas. Entre as gestantes, a adesão foi a menor entre os grupos prioritários, de 68,24% - índice que representa 1,47 milhão de mulheres vacinadas.

Como o grupo das gestantes foi o mais suscetível durante a pandemia de gripe de 2009, a vacina continuará a ser oferecida até o mês de agosto nos postos de saúde, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

“Sabemos da importância desta vacina para a proteção da saúde das futuras mães e de seus bebês, durante o período de maior circulação de vírus. Por isso é fundamental que elas procurem os postos de vacinação o mais rápido possível”, disse o ministro.

Não houve uma nova prorrogação da campanha em nível nacional, mas os municípios têm autonomia para fazer isso de acordo com a cobertura alcançada. O Ministério da Saúde orienta que a vacina continue sendo aplicada nos estados que não bateram a meta dos 80%.